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Venda de veículos vai patinar por 2 a 3 anos

Anfavea prevê altas modestas em curto prazo, de 5% a 10%

MÁRIO CURCIO, AB

Antonio Megale é presidente da Anfavea (foto: Luis Prado)
venda de veículos ainda vai atravessar um período de baixos volumes em curto prazo, com alta pouco expressiva no mercado interno. “Não acredito em uma grande recuperação nos próximos dois ou três anos. Vejo apenas a possibilidade de crescimento de 5% a 10% nesse período”, afirmou o presidente da Anfavea, Antonio Megale, durante o Workshop Planejamento Automotivo 2018, realizado na terça-feira, 22, no Sheraton WTC, em São Paulo. O executivo acredita que somente na próxima década o País voltará ao nível de 2013, quando foram vendidas 3,8 milhões de unidades no Brasil.

Megale, no entanto, comemora o pequeno crescimento em 2017 do mercado de automóveis e comerciais leves: “Com a atualização dos números até ontem (21 de agosto) a alta já estava em 4,3%”, diz. Sendo assim, o mês de agosto incompleto teria resultado em uma melhora de 0,3 ponto porcentual sobre o acumulado até julho, que registrava alta de 4% sobre os mesmos sete meses de 2016.

“Em breve faremos uma revisão de nossa projeção em emplacamentos”, diz o presidente da Anfavea. Outra ajuda importante à indústria nacional tem vindo das exportações: “Este ano provavelmente bateremos o nosso recorde, que foi registrado em 2005 com 724 mil veículos”, projetou Megale.

Ele recorda que parte disso foi possível pela melhora promovida nos carros brasileiros em tecnologia e segurança. “Nossos carros representavam apenas 1,7% do mercado chileno em 2012 e em 2017 essa participação saltou para 11%. O automóvel brasileiro ficou mais competitivo lá, em um país com acesso a modelos de vários países.”

Megale recorda ainda que as exportações para o Uruguai dobraram este ano e que o aumento da participação em países vizinhos vem diminuindo a dependência da Argentina, que já respondeu por 70% dos embarques feitos pelo Brasil.

Fonte: AB
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Lifan prepara nova ofensiva no Brasil

Dois novos SUVs trazidos da China darão nova chance à marca no País

MÁRIO CURCIO E PEDRO KUTNEY, AB

X80, a nova arma da Lifan para reconstruir sua imagem no Brasil
Após cinco anos de prejuízo no Brasil, com 17 mil carros vendidos no período, e insistência fora do comum em permanecer no mercado, a Lifan prepara uma nova ofensiva no País, dando como certo o fim da sobretaxação imposta desde 2012 pelo Inovar-Auto de 30 pontos porcentuais a veículos importados. Com isso, a marca chinesa já tomou a decisão de importar dois novos SUVs em 2018. O primeiro deles será o X80, mostrado mundialmente em primeira mão no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado. O modelo de grande porte tem motor 2.0 turbo, transmissão automática e sete lugares. A previsão de chegada por aqui está entre abril e maio do ano que vem, com preço estimado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil. A empresa trará também o X70, este com motor 2.0 aspirado e transmissão do tipo CVT, que ficará posicionado entre o X60 e o X80.

Os modelos virão montados da China e podem representar um novo sopro de vida à montadora, cuja rede de revendas brasileira resiste, mas encolheu de 55 para 46 lojas e tem forte dependência de um só modelo, o X60, montado no Uruguai desde 2013 – para assim aproveitar o regime do Mercosul, evitando a sobretaxação do Inovar-Auto e também o imposto de importação de 35% para carros vindos de fora de região. A fábrica uruguaia, que monta carrocerias que já vêm da China soldadas e pintadas, havia parado no primeiro trimestre de 2016, voltando a produzir em maio passado.

Com as dificuldades dos últimos anos, a operação brasileira esteve ameaçada. “Houve pressão (na China) da equipe de finanças, mas apesar do prejuízo que tivemos no Brasil, nosso presidente mundial, Mark Timber, decidiu manter a subsidiária. Temos de construir nossa marca ao redor do mundo e para isso o Brasil não pode ficar de fora”, afirma o vice-presidente executivo da Lifan do Brasil, Johny Fang. Ele admite que no auge da crise tentou um entendimento com outra chinesa no Brasil, a Chery. A ideia era montar alguns modelos Lifan na grande fábrica inaugurada pela Chery em Jacareí (SP) em 2014. Mas não houve acordo, apesar da pequena utilização da capacidade instalada. Assim, enquanto não houver um mercado consolidado e grandes volumes, a Lifan continuará utilizando a estrutura uruguaia ou importando direto da China.

O executivo admite que a importação da China de um SUV grande e mais caro como o X80 é um risco, mas que a Lifan estaria disposta a correr para reconstruir sua imagem no País. “Não esperamos vender grandes volumes, mas é um modelo que pode garantir uma boa reputação.”

Contudo, a chegada dos novos produtos tem um se: dependem de o governo realmente retirar os 30 pontos extras de IPI sobre os importados, o que está previsto para acontecer no fim deste ano com o término do programa Inovar-Auto e a entrada da nova política industrial Rota 2030, em janeiro.

NOVA ESTRATÉGIA GLOBAL

Os dois SUVs da Lifan que devem chegar ao Brasil ano que vem fazem parte de uma nova estratégia global da montadora (e de outras chinesas) de focar em mais qualidade e tecnologia do que em preço. Os modelos já são resultado dos trabalhos do centro de pesquisa e desenvolvimento inaugurado pela empresa em 2013 em Chongqing, na China, entre duas de suas fábricas (leia aqui).

Como a participação da Lifan ainda é modesta na China, com cerca de 200 mil unidades vendidas em 2016 num mercado de mais de 20 milhões, a empresa aposta nessa subida de nível para manter e aumentar suas exportações para países como Rússia, Irã e Brasil. Em seus atuais e futuros projetos a Lifan conseguiu incluir fornecedores mundiais de peso como Mahle, ZF/TRW, Delphi, Valeo, Bosch, Schaeffler e Johnson Controls, para igualar seus padrões de qualidade.

A empresa também prepara uma nova plataforma modular, a LFA 2019, a partir da qual serão criados cinco modelos, entre eles um utilitário esportivo pequeno.

MINIVAN DE SETE LUGARES TAMBÉM É COTADA

A Lifan pode trazer também em 2018 para o Brasil a minivan M7 (foto acima). O modelo tem sete lugares, motor 2.0 aspirado e transmissão manual ou automática CVT. Ela entraria no segmento da Chevrolet Spin. É claro que os concessionários aguardam novidades para preencher seu showroom, mas neste caso é preciso cautela, pois as vendas desse segmento foram as primeiras a definhar com a invasão dos utilitários esportivos, decretando o fim da produção das Nissan Livina e Grand Livina em São José dos Pinhais (PR) e a interrupção das importações da JAC J6.

Por falar em fim de linha, a Lifan não mais montará no Uruguai para vender no Brasil a picape utilitária Foison, lançada em 2014, por falta de crédito na praça para seu público-alvo. O estoque do sedã pequeno LF 530, também lançado em 2014, estaria zerado, mas a empresa afirma que pretende montar um lote ainda em 2017 porque seu preço (R$ 37.990) é competitivo.

A retração de mercado também levou a Lifan a congelar os planos para o X50. O SUV pequeno foi prometido para 2015 e teve o lançamento adiado mais de uma vez. Já foi até reestilizado depois disso. Não está descartado, mas não é prioridade.

Fonte: AB
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Com vendas e produção ainda fracas, consórcio mostra ser a alternativa para novos compradores

Dos modelos produzidos, 38,2% foram vendidos diretamente para locadoras e frotistas.

Ensaiando sair da pior crise econômica da história, o País ainda rema contra as dificuldades impostas pelo cenário. E isto se reflete em diversas áreas, como, por exemplo, a indústria automotiva, que, aos poucos, começa a se recuperar do choque mesmo diante de incertezas frente ao cenário político/econômico.

Segundo dados da Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, até o mês sete deste ano as fabricantes comercializaram 1,17 milhão de autos e comerciais leves, o que representa um aumento nas vendas na ordem de 3,95% contra idêntico período de 2016, quando foram emplacados 1,12 milhão de modelos. Entretanto, esse crescimento não significa recuperação no varejo, pois 38,2% foram vendidos diretamente pelas fabricantes para locadoras e frotistas.

Fôlego

Se por um lado as vendas internas ainda seguem com fraco ritmo, as exportações de autos produzidos no Brasil bateram recorde de janeiro a julho deste ano, com 439 mil e 600 unidades enviadas para fora do País, 55,3% a mais do que no ano passado.

Exportação foi o principal pilar para minimizar os prejuízos das baixas vendas

Assim como as exportações, as contemplações de cartas de créditos também ajudaram a aquecer as vendas de veículos. Dados da ABRAC, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, indicam que a participação dos créditos concedidos por meio de consórcio representa um quarto dos R$ 61,5 bilhões liberados. Para se ter uma ideia da participação da modalidade, em 2016 32% de todos os veículos emplacados foram frutos de consórcio.

Se falarmos apenas de veículos leves, no primeiro semestre a venda de novas cotas cresceu 20,5% no comparativo com igual período do ano passado, segundo informações da entidade. Boa parte deste crescimento é puxado pelos bancos, que nos últimos anos ampliaram sua participação nas vendas de consórcio por causa da crescente inadimplência dos consumidores, quando o País fechou o segundo trimestre de 2017 com 13,5 milhões de pessoas sem ocupação.

Disal Consórcio cresceu 6% nos seis primeiros meses deste ano

Líder dentre as administradoras independentes, a Disal Consórcio é um bom exemplo: cresceu 6% nos seis primeiros meses deste ano, atrás apenas de dois grandes bancos do varejo. Ao todo foram 41 mil 350 contratos fechados. Diferente do mercado, que apresentou queda de 1,8% no total de contemplações, a Disal se manteve estável, com média de 2,5 mil contemplações por mês.

Esse desempenho é o resultado de análises de mercado que permitem ao concessionário tomar decisões mais assertivas com relação aos negócios, programa continuado de treinamento dos vendedores e a elaboração de comunicação on-line e off-line.

Assobrav – 22/08/2017

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Efeito Kwid? Fiat reduz em quase R$ 4 mil o valor do Mobi Like

Preço da versão intermediária do subcompacto foi de R$ 39.780 para R$ 35.990

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Preço da versão intermediária caiu de R$ 39.780 para R$ 35.990 (divulgação/Fiat)

A expectativa gerada em torno do Renault Kwid já começa a repercutir na concorrência. A Fiat está anunciando em alguns meios de comunicação (como as rádios e seu próprio website) um preço promocional de R$ 35.990 para o Mobi.

O desconto de R$ 3.790 foi aplicado na versão intermediária Like 1.0 Flex (abaixo há a Easy, de R$ 34.210), cujo preço de tabela é de R$ 39.780.

Apesar da redução, o valor ainda é R$ 1.000 mais caro do que o pedido pelo Kwid Zen – a Renault oferece também uma versão mais acessível, a Life, por R$ 29.990, mas sem direção com assistência nem ar-condicionado.

A lista de itens de série dos dois compactos é parelha, embora o modelo da Renault supere o Mobi por trazer direção elétrica (hidráulica no Mobi), Isofix, quatro airbags (dois frontais e dois laterais), sendo este último item uma primazia do Kwid na categoria.

O representante da Fiat, em contrapartida, oferece de série coluna de direção com regulagem de altura, banco traseiro bipartido e conta-giros no painel – itens indisponíveis no Kwid Zen.

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Central multimídia e comandos no volante são opcionais na versão Like (divulgação/Fiat)

O Mobi Like é vendido apenas com o motor Fire 1.0 EVO, que entrega 75/73 cv. Já o Kwid sai de fábrica em todas as configurações com uma versão simplificada do motor 1.0 SCe utilizado no Sandero, entregando 70 cv/66 cv. A diferença de potência é compensada pela diferença de peso (946 kg no Mob e 786 kg no Kwid).

A grande procura pelo Kwid fez a Renault aumentar o ritmo de produção na planta de São José dos Pinhais (PR). Assim, a marca espera reduzir o número de desistências de quem reservou o Kwid durante a pré-venda e diminuir o tempo de espera pelo carro pela metade.

Atualmente, quem paga o sinal de R$ 1.000 precisa aguardar, pelo menos, 60 dias para retirar seu veículo na concessionária.

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Tecnologia puxa reação da indústria

As indústrias que usam mais tecnologia em suas linhas de montagem, como as fabricantes de eletroeletrônicos, automóveis e máquinas, têm puxado a reação da produção industrial este ano. Um estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast revela que esses setores cresceram acima da média no primeiro semestre deste ano.

O movimento foi puxado pela produção de telefones celulares, computadores, televisores, automóveis e máquinas para o setor agrícola. Uma demanda impulsionada pela liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) inativo, pelas exportações e pela supersafra de grãos.

O estudo do Iedi divide a indústria em quatro categorias de intensidade tecnológica: alta, média-alta, média-baixa e baixa. No primeiro semestre, as duas primeiras categorias cresceram acima da produção industrial total, que avançou 0,5% ante 2016, o primeiro crescimento após seis semestres de queda. A produção da indústria de alta intensidade avançou 1,4%, enquanto a de média-alta cresceu 2,7%. Já as indústrias de média-baixa e baixa intensidade ficaram com desempenho abaixo da média, com quedas de 3,1% e 0,2%, respectivamente.

O cenário mais positivo já surgiu, por exemplo, no balanço da Weg do segundo trimestre, divulgado há um mês. A fabricante de equipamentos eletroeletrônicos para automação registrou lucro líquido de R$ 272 milhões, crescimento de 6,7% sobre o mesmo período de 2016, embora a receita líquida tenha caído 2,3%, para R$ 2,3 bilhões. Nos comunicados ao mercado sobre os resultados, a Weg citou que “o cenário doméstico é de relativa melhora”.

Além disso, houve recuperação de vendas nos principais mercados da companhia no exterior, embora a receita com exportações tenha sido atrapalhada pelo câmbio, disse o diretor André Luís Rodrigues, a analistas no mês passado. Segundo o Iedi, o crescimento na produção das indústrias mais tecnológicas também foi marcado por uma base de comparação ruim – no início de 2016, a atividade industrial foi fraca. Ainda assim, a safra de grãos recorde esperada para este ano estimulou a demanda no campo por bens de capital, o setor externo absorveu a fabricação de automóveis, enquanto a liberação de contas inativas do FGTS impulsionou as vendas de eletrodomésticos da linha marrom, como televisores.

Juros

Parte desses fatores perderá força no resto do ano, mas a queda nos juros pode ajudar esses setores, segundo Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi. “Os recursos do FGTS não terão a mesma força, mas outros fatores podem compensar, como a melhora no quadro de crédito, com quedas nas taxas de juros. A renda dos trabalhadores voltou a crescer, e a inflação mais baixa também está liberando a renda das famílias para outros consumos, para itens que não sejam essenciais.”

No primeiro semestre, a produção de equipamentos de TV e comunicação saltou 24,3%; equipamentos de informática cresceram 6,0%; veículos automotores aumentaram 11,7%; e máquinas e equipamentos mecânicos tiveram alta de 2,4%.

Istoé Dinheiro – 19/08/2017

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Economia tem alívio após três anos de crise

Os indicadores econômicos de junho surpreenderam positivamente, dando força à tese de que a recessão iniciada há três anos está finalmente sendo deixada para trás.

O ponto de inflexão parece ter sido o segundo trimestre do ano, período no qual os dados da produção industrial, do varejo e dos serviços mostraram alguma força.

Os analistas, no entanto, seguem cautelosos, monitorando o ambiente político interno e, sobretudo, a hipótese de uma aceleração do ritmo de aumento dos juros nos Estados Unidos.

“Levando em consideração a turbulência política nos últimos meses, acreditamos que a economia teve um desempenho razoável[no segundo trimestre], sugerindo que a recessão de quase três anos do país acabou”, diz Fábio Ramos, do UBS.

Ele diz que o resultado ainda fraco do IBC-Br, indicador do Banco Central que ê um termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), não desapontou.

No segundo trimestre, o indicador subiu 0,3%, mas os dados atê maio sugeriam um desempenho ainda pior.

Em relatório, Ramos diz que os dados do segundo trimestre reforçam a previsão do UBS de alta de 0,5% para o PIB de 2017 e que uma melhora no segundo semestre dependeria de reformas e medidas fiscais adicionais.

Flavio Serrano, economista do Haitong, diz que o desempenho dos indicadores de junho reduz a probabilidade de uma leitura negativa do PIB do segundo trimestre.

A surpresa maior, segundo ele, veio do comércio varejista, com alta bem acima das projeções em junho.

Ainda que a atividade do segundo trimestre venha negativa, diz Serrano, é possível dizer que a economia chegou a um “ponto de inflexão”. “Mas isso não quer dizer que vamos explodir de crescimento. A situação ê de transição.” A Rosenberg destaca a expansão de 1,3% da receita com serviços em junho.

Na avaliação da consultoria, o setor de serviços não vai encerrar o ano em terreno positivo, mas a queda será menor do que 2016 (-5%).

No geral, diz a Rosenberg, o avanço de 1% do PIB do primeiro trimestre e uma expectativa de estabilidade para o segundo seriam indicativos “auspiciosos” de que o país deixa a recessão para trás.

Após a divulgação dos indicadores da indústria, do varejo e de serviços em junho, o Itaú melhorou a projeção para o PIB do segundo trimestre, de uma queda de 0,2% para estabilidade.

Para o Itaú, o PIB do segundo trimestre será o oposto do observado de janeiro a março, cuja alta foi muito concentrada na agropecuária. Embora o resultado agregado previsto para o segundo trimestre ainda seja fraco, a alta dos componentes do PIB será mais disseminada.

O banco destaca também os dados do mercado de trabalho. Ainda que o recuo da taxa de desemprego nos três meses atê junho seja consequência do aumento da informalidade, a equipe ressalta que o trabalho informal também contribui para a alta da massa salarial, impulsionando o consumo das famílias. O Banco de Tokyo avalia que há boas perspectivas para uma maior recuperação da atividade econômica no segundo semestre, diante de uma melhora contínua das condições do mercado de trabalho, inflação baixa e reduções da taxa Selic gradualmente transmitidas para os empréstimos bancários.

“Mas a recuperação está longe de ser consolidada, uma vez que valores mensais ainda mostram altos e baixos de atividade econômica.”

Folha de S.Paulo – Mercado – 18/08/2017 – Pág. A17

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Volvo XC60 volta ao páreo dos SUVs de luxo

Nova geração está à venda em três versões, com preço inicial de R$ 235.950

MÁRIO CURCIO, AB

VolvoXC60 está de volta ao páreo dos utilitários esportivos de luxo. O modelo mais vendido da marca sueca no Brasil e no mundo chega em três versões: Momentum, Inscription e R-Design. A empresa mantém até 31 de agosto os preços de pré-venda, que começam em R$ 235.950 e vão até R$ 266.950. A partir de setembro o menor valor sobe para R$ 239.950 e o maior, para R$ 269.950.

“Até o fim do ano venderemos cerca de 2,3 mil carros na soma do antigo e do novo. Em 2018 traremos também versões a diesel e híbridas”, afirma o presidente da Volvo Cars do Brasil, Luis Rezende. O utilitário esportivo produzido na Suécia já teve mais de 1 milhão de unidades entregues em todo o mundo. No Brasil ele deve motivar a ampliação da rede, que tem hoje 29 revendas (veja aqui).

Aqui no Brasil a Volvo considera como concorrentes diretos do XC60 o Audi Q5, o BMW X3, o Mercedes-Benz GLC e o Land Rover Discovery Sport, o mais vendido dos cinco e por isso o modelo a ser batido.

O novo carro foi concebido sobre a plataforma SPA, a mesma do XC90, já à venda no Brasil. Sua estrutura utiliza alumínio e quatro tipos de aço, que vão de alta a ultra-alta resistência. Essa arquitetura já nasceu compatível com modelos híbridos, mas neste primeiro momento o XC60 vem apenas com motor 2.0 turbo a gasolina de 254 cavalos. O câmbio é automático de oito marchas e a tração, 4×4.


Distância entre eixos agora tem 2,86 m (9 cm a mais) e melhorou espaço no banco traseiro. Acabamento pode ser claro como o das fotos, mas há também marrom, caramelo e preto.

De acordo com a montadora ele acelera de zero a 100 km/h em 6,8 segundos e atinge 220 km/h. A mudança de geração incluiu novas suspensões dianteiras e traseiras. Chamam a atenção a largura de 1,90 metro (11 cm a mais) e a nova distância entre eixos de 2,86 m (9 cm a mais). O comprimento aumentou apenas 4 cm e passou para 4,69 m. A altura foi reduzida em 5 cm e tem agora 1,66 m.

Todos os XC60 receberam a atualização do sistema City Safety. Mais do que parar o carro, ele inclui agora um assistente de direção que passa a atuar quando a frenagem automática sozinha não é suficiente para evitar uma colisão em potencial. Nessas circunstâncias o carro oferece assistência à manobra para evitar o obstáculo à frente. O City Safety pode evitar colisões contra veículos, ciclistas, pedestres e até animais de grande porte, atuando tanto de dia como à noite.

O SUV de segunda geração também recebe de série alerta de mudança de faixa, sistemas de proteção contra impactos laterais e lesões na coluna cervical, alerta de colisão frontal e sistema de monitoramento de pressão dos pneus. Também reúne recursos eletrônicos e características de construção (sobretudo dos bancos) capazes de reduzir lesões nos ocupantes caso o carro saia da pista.

Os novos faróis têm sistema automático de nivelamento (de acordo com a quantidade de passageiros e bagagem) e são autodirecionais, acompanhando em até 30 graus o movimento do volante. O facho alto tem sistema automático de redução de ofuscamento para quem trafega no sentido oposto.

Também são de série, desde a versão de entrada, teto solar panorâmico, ar-condicionado digital com duas zonas distintas de temperatura, central multimídia com Apple Car Play e Android Auto, tela de nove polegadas sensível ao toque (que funciona até se o usuário estiver de luvas), revestimento de couro, sensores dianteiros e traseiros de estacionamento mais câmera traseira, sistema Start-Stop e controlador automático de velocidade.


Teto solar panorâmico é de série desde a versão de entrada. Porta-malas comporta 505 litros. Quem vê as lanternas subindo pelas colunas logo percebe: é um Volvo.

As versões Inscription e R-Design oferecem ainda mais segurança com um sistema que ajuda a evitar colisões contra veículos vindos em sentido contrário, dando suporte automático à direção. Ele é ativado entre 60 e 140 km/h. Há ainda para Inscription e R-Design o alerta de pontos cegos e o controlador de velocidade adaptativo (ACC) com assistente de direção semiautônoma até 130 km/h, capaz de ajudar o motorista em certas curvas a partir da pintura das faixas no asfalto.

Todas as versões permitem a escolha de cinco modos de direção, que vão do mais pacato ao esportivo. Mas a Volvo continua econômica com as borboletas para trocas de marcha atrás do volante e só a versão mais cara, R-Design, recebe o equipamento.

A montadora estabeleceu preços fixos para as revisões de 10 mil a 60 mil quilômetros. Os valores vão de R$ 949 a R$ 3.499.

Veja abaixo os preços do XC60 até 31 de agosto:

XC60 Momentum – R$ 235.950
XC60 Inscription – R$ 256.950
XC60 R-Design – R$ 266.950

A partir de 1º de setembro:

XC60 Momentum – R$ 239.950
XC60 Inscription – R$ 259.950
XC60 R-Design – R$ 269.950

Para Pessoas com Deficiência (PcD):

XC60 Momentum – R$ 213.812
XC60 Inscription – R$ 232.841
XC60 R-Design – R$ 241.903

Fonte: AB
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Peugeot 208 e 2008 adotam novo câmbio automático

Nova caixa de seis marchas da Aisin deixa carros mais eficientes

REDAÇÃO AB

A exemplo do que já aconteceu com a Citroën (leia aqui), agora foi a vez do Grupo PSA estender para a Peugeot no Brasil a aplicação do novo câmbio automático de seis marchas, que passa a equipar a linha 2018 do hatch 208 e de sua versão SUV, o 2008. Com isso, os carros de ambas as marcas francesas abandonam a ultrapassada e ineficiente caixa de quatro velocidades que vinham usando há cerca de 10 anos.

O novo câmbio automático fornecido pela japonesa Aisin de terceira geração será oferecido no 208 nas versões Allure e Griffe, e no 2008 Allure, Griffe e Crossway (esta deixa de ser série especial para integrar definitivamente a família). Com mais marchas e trocas precisas, a nova caixa melhora a eficiência energética dos modelos. Segundo a Peugeot, com velocidade máxima de 196 km/h, o 208 tem consumo médio de 11 km/l ou 7,7 km/l (gasolina/etanol) na cidade, e 13,2 km/l ou 9,3 km/l na estrada. Já o 2008, que faz máxima de 186 km/h, consome 10,7 km/l ou 7,5 km/l na cidade e 13 km/l ou 9,2 km/l na estrada.

O tipo de condução pode ser personalizado a partir de quatro opções disponíveis: “Drive” é o convencional, para quem mantém velocidade constante; o “Eco” para maior economia de combustível; “Sport” para deixar o carro mais ágil e dinâmico com giro maior do motor e trocas alongadas; e o modo “Sequencial”, para trocas manuais.

PREÇOS DA LINHA 2018

• PEUGEOT 208 ACTIVE – R$ 52.990
• PEUGEOT 208 ACTIVE PACK – R$ 55.990
• PEUGEOT 208 ALLURE – R$ 60.290
• PEUGEOT 208 ALLURE AUTO – A R$ 65.990
• PEUGEOT 208 SPORT – R$ 64.490
• PEUGEOT 208 GRIFFE AUTO – R$ 70.490

• PEUGEOT 2008 ALLURE – R$ 72.990
• PEUGEOT 2008 ALLURE AT – R$ 78.590
• PEUGEOT 2008 GRIFFE AT – R$ 85.190
• PEUGEOT 2008 CROSSWAY AT – R$ 87.190
• PEUGEOT 2008 GRIFFE THP – R$ 89.990

Fonte: AB
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Toyota investe R$ 5 mi em São Bernardo

Centro de visitas é parte da revitalização da fábrica, começada em 2015

MÁRIO CURCIO, AB

Prius no teto, o último Bandeirante e Corolla 1966 são atrações
Toyota inaugurou em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP) o primeiro centro de visitas da montadora no Brasil. A nova área tem 750 metros quadrados, resulta de um investimento de R$ 5 milhões e receberá 200 pessoas por semana.

Essa é a terceira etapa do São Bernardo Reborn, um projeto de R$ 70 milhões para revitalização da unidade iniciado em março de 2015. Naquele ano a empresa deslocou a sede administrativa da cidade de São Paulo para a fábrica do ABC, implantou o terceiro turno do setor de forjaria (para produção de bielas e virabrequins do Etios) e também sistemas de reúso de água e captação de energia solar.

Num segundo momento, em agosto de 2016, a montadora inaugurou o centro de pesquisa aplicada, onde faz testes de emissões, avaliação de novos materiais, da capacidade técnica de fornecedores e também é dotado de um centro de design capaz de desenvolver séries especiais de modelos já existentes.

Centros de visitas são uma tradição em fábricas da Toyota. O do Kentucky, nos Estados Unidos, custou cerca de US$ 10 milhões. “Quando presidi aquela fábrica, via todos os dias os grupos de estudantes chegando. Era a atração mais visitada da cidade. Algumas escolas a incluíram na grade curricular”, afirma o CEO da Toyota para a América Latina e Caribe, Steve St. Angelo.

BANDEIRANTE NÃO PODERIA FALTAR

Entre as atrações do espaço brasileiro está o último jipe Bandeirante produzido pela Toyota de São Bernardo do Campo, em 2001. O modelo começou a ser trazido para o Brasil em 1959 e resultou, em 1962, na inauguração da unidade do ABC. Foi a primeira fábrica da Toyota erguida fora do Japão.

O centro de visitas também guarda um Corolla 1966, mas fabricado no Japão. A produção local do sedã começou somente em 1998, quando a empresa inaugurou a unidade de Indaiatuba (SP). O primeiro Etios fabricado no Brasil, em 2012, também pode ser visto no espaço recém-inaugurado. Outro destaque é um Prius semidesmontado, com a carroceria pendurada e a parte inferior (rodas, assoalho e motorização) presa sobre uma base inclinada.

No Brasil também há a intenção de atrair estudantes e a comunidade local, mas qualquer pessoa poderá agendar o passeio gratuito entrando no site da montadora e acessando o link do programa de visitas. De acordo com dados da prefeitura de São Bernardo do Campo, anualmente as fábricas locais recebem 3 mil visitantes vindos do exterior. As atividades na nova área da Toyota começam para valer em 2018, mas até o fim de 2017 haverá passeios em caráter de teste. O local também tem um auditório para 100 pessoas. Uma equipe terceirizada será a responsável por guiar os visitantes.

A unidade de São Bernardo do Campo emprega 1.465 funcionários. Entre os produtos que fabrica estão componentes de motor para o Etios brasileiro e também para os Camry e Corolla fabricados nos Estados Unidos, que terminaram em primeiro e terceiro lugares em 2016 entre os automóveis daquele mercado, com 338,6 mil e 380,5 mil unidades, respectivamente.

Fonte: AB
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GM investirá R$ 1,4 bilhão em Gravataí

Aporte sustentará a introdução de tecnologias para modernização da fábrica

REDAÇÃO AB

GM disse que investirá R$ 1,4 bilhão em sua fábrica de Gravataí (RS) como parte do plano de investimentos no total de R$ 13 bilhões no Brasil entre 2014 e 2019. A montadora informa por meio de comunicado divulgado na quinta-feira, 3, que o aporte sustentará o desenvolvimento de novas tecnologias, inclusive os de manufatura para modernização da fábrica.

Segundo a General Motors, o investimento atrairá cinco novos fornecedores para o estado, gerando novas vagas de emprego. A empresa indica ainda que esta medida visa preparar a unidade local como plataforma global de exportação. Atualmente, o complexo industrial de Gravataí (RS), que completou 17 anos no mês passado, é responsável pela produção dos Chevrolet Onix e Prisma.

“A GM acredita no potencial de crescimento do mercado no Brasil e está realizando o maior plano de investimentos da história da indústria no País. O novo aporte às operações no Rio Grande do Sul vai permitir ampliar a linha de produtos da Chevrolet, com foco em conectividade total, segurança e eficiência energética. A fábrica de Gravataí será uma referência global em manufatura e qualidade 4.0”, disse em nota o presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga.

Fonte: AB