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Teste: Suzuki S-Cross, o SUV mais esportivo e menos utilitário

Desempenho do motor 1.4 turbo e suspensão bem calibrada faz do modelo uma opção atraente para quem gosta de dirigir

Design não é a maior virtude do S-Cross; desempenho, sim (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sleeper é uma gíria em inglês atribuída a carros que entregam desempenho aliado a um visual pacato até demais. Esse é o caso do Suzuki S-Cross, importado do Japão com visual repaginado desde o ano passado.

Mas isso não significa que o modelo seja feio – os outros é que são bonitos demais. Felizmente, o SUV traz outras qualidades que premiam quem não deixa se levar apenas pelo design.

Com 146 cv, o motor 1.4 turbo é o mesmo do Vitara (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A principal delas está sob o capô. O motor 1.4 turbo de 146 cv que equipa a versão 4Sport é o mesmo do Vitara – a versão 4Style (R$ 95.990) tem um motor 1.6 16V de 126 cv. O ótimo desempenho faz o motorista esquecer que está guiando um utilitário esportivo.

Prova disso ocorreu em nosso teste, no qual o S-Cross foi de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos, mesma marca obtida pelo Peugeot 208 GT, um hatch de 173 cv (e esportivo por natureza).

Interior é conservador e tem acabamento de qualidade apenas regular (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A estabilidade é elogiável para um veículo alto como um utilitário esportivo, em parte porque a tração integral ajuda a segurar o carro nas curvas.

Rodas de 17 polegadas são calçadas com pneus 215/55 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se mesmo assim faltar emoção, recomendo ativar o modo Sport. Aí o S-Cross se transforma em um divertido esportivo. O carro arranca com bastante disposição, a direção fica sensivelmente mais pesada e a transmissão estica as marchas antes de trocá-las, abrindo um largo sorriso no rosto de quem está ao volante.

Eis o botão da felicidade: modo Sport deixa o S-Cross ainda mais ágil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os principais defeitos do S-Cross estão do lado de dentro. Falta uma variedade de texturas e cores para disfarçar o acabamento simples demais da cabine.

Além do plástico de qualidade apenas regular (um Fiat Argo, que custa a metade, é superior nesse quesito), algumas peças aparentam fragilidade.

Câmbio automático de seis marchas tem trocas suaves (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Senti receio de apertar alguns botões (como o do controle de estabilidade) e de mexer no seletor de regulagem dos espelhos retrovisores. Ambos parecem que vão quebrar se o motorista aplicar mais força.

Também não ajuda o aspecto de simplicidade do painel, que remete a um carro mais barato.

Visual dos controles de ar-condicionado remete aos anos 90 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Outro defeito, típico de japoneses, é a falta do travamento automático das portas em movimento. A central multimídia, em contrapartida, é bastante intuitiva.

Fácil de navegar, a central multimídia fica devendo suporte aos sistemas operacionais de smartphone (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O visual dos menus lembra um telefone celular, facilitando a navegação de quem está habituado aos smartphones. Faltou só o suporte a Android Auto e Apple CarPlay, embora seja possível espelhar seu celular na tela para usar aplicativos como o Waze, sem usar o cabo.

Posição de dirigir não é tão elevada como nos outros SUVs (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O S-Cross vem bem equipado. A lista dos itens de fábrica inclui seis airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, piloto automáticostart-stop, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e partida do motor sem chave.

Espaço traseiro é bom para dois adultos e uma criança (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A versão 4Style Allgrip custa R$ 115.990 (há também uma versão 4×2 por R$ 109.990), pouco mais do que os R$ 114.490 pedidos pelo Jeep Compass Longitude, que é maior e traz motor flex aspirado e mais potente, mas tem menos equipamentos.

Espaçoso, o porta-malas tem capacidade volumétrica de 440 litros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se você faz questão da força do turbo, a única alternativa no segmento é o Chevrolet Tracker (R$ 82.990 na LT e R$ 93.490 na LTZ), mais barato (e menos equipado) que o SUV da Suzuki.

Apenas o logotipo Turbo indica o potencial do S-Cross 4Style (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Veredicto

Acabamento e design não são os pontos fortes do S-Cross, mas o SUV dá o troco no motor 1.4 turbo – um dos mais espertos da categoria.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  8,7 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,1 s/170,8
  • Velocidade máxima: n/d
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 3,9 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,2 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,5 / 27,1 / 63,3 m
  • Consumo urbano: 13,3 km/l
  • Consumo rodoviário: 16,8 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 36,8/72,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 61,3/68,2 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 115.990
  • Motor: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 1.373 cm³, 16V, DOHC, 73 x 82 mm, 11:1, 146 cv a 5.500 rpm, 23,5 mkgf a 1.700 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, 4×4
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica
  • Pneus: 215/55 R17
  • Dimensões: comprimento, 430 cm, largura, 178,5 cm; alt., 160,5 cm; entre-eixos, 260 cm; porta-malas, 431 l; tanque de combustível, 47 l; peso, 1.270 kg; peso/potência, 8,7 kg/cv; peso/torque, 54,04 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano

 

Fonte: Quatro Rodas

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Toyota reforça aposta em híbridos no País

Toyota reforça aposta em híbridos no País

Vendas do Prius quadruplicam, C-HR híbrido pode chegar em 2018

PEDRO KUTNEY, AB

Prius: 2 mil unidades vendidas no Brasil em 10 meses
Parece que está funcionando bem a nova tentativa de emplacar no Brasil a tecnologia de veículos híbridos feita pela Toyota há pouco mais de um ano, quando lançou a quarta geração do Prius no País (leia aqui). Com preço próximo ao de sedãs da mesma categoria (R$ 126,6 mil atualmente), mais propaganda e maior disponibilidade de produto em estoque, as vendas do Prius dispararam este ano, atingiram cerca de 2 mil unidades nos 10 meses entre janeiro e outubro, ou quatro vezes mais que os 485 emplacamentos em todos os 12 meses de 2016. Nas concessionárias da marca japonesa, vendedores revelam que, depois de testar o híbrido e compreender suas vantagens, alguns clientes já estão trocando o Corolla pelo Prius.

Para tornar mais popular a tecnologia híbrida e o seu Prius no Brasil, a Toyota vem elevando gradativamente os investimentos em divulgação e publicidade. Há cerca de um ano começou a veicular propaganda do Prius em TV por assinatura. Esta semana inaugurou no Parque Villa Lobos, em São Paulo, a Hybrid House, um estande onde os visitantes podem conhecer o Prius e seus sistemas. O espaço fica aberto por cerca de uma semana e depois segue para o Rio de Janeiro. Está nos planos realizar a mesma ação em outras cidades.

Esse novo mercado aberto pela Toyota em 2013, quando trouxe o primeiro Prius ao Brasil – principalmente para frotas de táxis devido ao preço muito elevado –, pode ganhar fôlego adicional se for confirmado o plano da marca em colocar em 2018 mais um híbrido à venda no País, o SUV compacto C-HR fabricado na Turquia e no Japão, hoje com mais da metade das vendas concentradas na versão híbrida. O problema até agora é a falta de modelos disponíveis para importar, já que o carro faz sucesso na Europa desde o lançamento em 2016 e toma 100% da produção da fábrica turca.

Por causa dessa dificuldade a Toyota ainda não confirma o lançamento, mas executivos da marca concordam que o C-HR híbrido poderia catapultar as vendas de híbridos no País, pois colocaria a marca na disputa do segmento que mais cresce no País, o de SUVs compactos, com potencial de aumentar bastante o interesse dos brasileiros pela tecnologia que combina no veículo o uso de motores elétrico e a combustão para reduzir emissões e economizar combustível – o Prius tem consumo medido pelo Inmetro de 18,9 km/l com a gasolina brasileira misturada com 27% de etanol.

VANTAGEM TRIBUTÁRIA

A vantagem de trazer só a versão híbrida é o imposto de importação bem menor, de 4%, contra 35% para os importados só com motor a combustão. Foi justamente essa diferenciação de tributação, adotada pelo governo brasileiro desde 2014, que permitiu à Toyota praticar preços mais competitivos para o seu híbrido. Além disso, o Estado do Rio de Janeiro e algumas cidades paulistas, como Indaiatuba, Sorocaba e São Paulo, isentam os híbridos do pagamento de IPVA.

“Está melhor do que era antes [com imposto de 35%]. O preço do Prius já foi 30% maior que o do Corolla, hoje é em torno de 10%. Mas a tributação de IPI sobre os híbridos ainda é maior em comparação com modelos a combustão. Existe espaço para corrigir isso no Rota 2030 [o programa de desenvolvimento do setor automotivo que está em discussão entre governo e representantes da indústria]”, avalia Ricardo Bastos, diretor de relações públicas e governamentais da Toyota do Brasil. “Sabemos que atualmente é difícil discutir qualquer tipo de isenção fiscal, mas o que propomos é uma tributação mais justa para um produto que traz indiscutíveis benefícios ambientais”, acrescenta.

O aumento das vendas do Prius também ajudou a Toyota a cumprir as metas de eficiência energética do Inovar-Auto, cuja média a ser atingida por fabricante é calculada com base no consumo e no volume de vendas de cada carro – ou seja, não basta ter um veículo muito econômico na lista de produtos à venda, mas também é necessário que ele seja bem vendido para influenciar positivamente na média de consumo. No caso de híbridos, pelas regras do Inovar-Auto, cada modelo comercializado é multiplicado por 1,85, para assim aumentar sua influência sobre o total de vendas.

“Atingimos as metas”, informa Bastos, sem confirmar se a Toyota conseguiu ou não superar os objetivos para ganhar bonificação de um ou dois pontos porcentuais no IPI de seus carros. “Só vamos divulgar isso depois que o governo publicar nossos números”, diz. Mas ele lembra que a empresa investiu fortemente para perseguir redução de consumo e emissões, como a introdução dos novos motores 1.3 e 1.5 fabricados em Porto Feliz e usados pela família Etios, além da recalibração dos motores 1.8 e 2.0 do Corolla, que também passou a usar câmbio automático CVT. “É parte integrante de nossos objetivos estratégicos mundiais produzir carros com emissões de carbono cada vez menores”, diz.

Bastos avalia que o incentivo à eficiência energética deverá ser mantido nas novas metas que deverão ser impostas no Rota 2030. “É preciso lembrar também que a tecnologia híbrida pode conversar muito bem com a matriz energética brasileira, com o desenvolvimento de motores flex para híbridos, ou mesmo para modelos elétricos alimentados por células de hidrogênio [que pode ser extraído do etanol]”, pondera o executivo. Essa seria, segundo ele, mais uma razão para continuar apostando no crescimento dos híbridos no Brasil. “Nesse sentido, estamos buscando parcerias de desenvolvimento com universidades”, revela. Um Prius já foi cedido para estudos para a USP e outro deverá ser para a UNB.

RÁPIDO NO MUNDO, LENTO NO BRASIL

Por falta de maiores incentivos, as poucas opções de propulsão eletrificada no País avançaram muito lentamente desde 2011, quando chegaram os primeiros Ford Fusion Hybrid. A frota de elétricos e híbridos vendidos soma cerca de 6 mil unidades, mais da metade (3.269) são Toyota Prius e alguns poucos Lexus CT 200 (marca de luxo da Toyota). É quase nada quando se compara com os 11 milhões de carros híbridos já vendidos pela Toyota no mundo todo entre 1997, quando lançou o Prius, e 2016.

A escalada na venda de híbridos (e mais tarde dos elétricos com célula de hidrogênio) é parte fundamental da estratégia corporativa global adotada pela Toyota desde 2015. Mês passado no Salão de Tóquio a montadora anunciou que até 2040 irá vender somente veículos híbridos ou elétricos, eliminando completamente de seu portfólio carros movidos unicamente por motores a combustão. “Claro que o Brasil terá de acompanhar essa tendência”, resume Bastos.

Fonte: AB
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Lexus traz linha 2018 do híbrido CT 200h

Modelo recebeu mudanças de estilo, equipamentos e começa em R$ 135,7 mil

REDAÇÃO AB

Lexus começa a vender no Brasil a versão 2018 do híbrido CT 200h. O hatch recebeu modificações no desenho, no acabamento e chega em duas opções, com preços entre R$ 135,7 mil e R$ 153,3 mil.

As alterações externas incluem novos para-choques dianteiro e traseiro, além da grade com pintura metálica de alto brilho. Os faróis de neblina e as lanternas traseiras foram modificados. A central multimídia recebe tela de cristal líquido de 10,3 polegadas com funções de DVD, MP3, rádio AM/FM, TV digital, sistema de navegação (GPS), câmera de ré com opção de linhas-guias auxiliares, conexão Bluetooth, oito alto-falantes e dois tweeters. De acordo com a Lexus, o CT 200h recebeu novas rodas de liga leve de 16 polegadas com acabamento usinado.

A motorização do CT 200h é semelhante à do Yoyota Prius e inclui um propulsor 1.8 a gasolina com 99 cavalos e outro elétrico de 82 cv. A potência combinada é de 136 cv. De acordo com o Inmetro o CT 200h faz 15,7 km/l em cidade e 14,2 km/l em estrada.

O veículo possui quatro modos de condução: normal; Eco, Sport (com ênfase no motor a combustão quando o motorista quer respostas mais rápidas) e EV, que utiliza somente o motor elétrico em baixas velocidades.

O CT 200h recebe transmissão automática CVT e direção com assistência elétrica regressiva. Desde a versão de entrada o novo Lexus traz ar-condicionado digital com duas zonas distintas de temperatura e coluna de direção com ajustes de altura e profundidade, retrovisor interno eletrocrômico e externos com regulagem e rebatimento elétrico, aquecimento e luzes de direção.

Na versão mais completa os espelhos externos contam também com sistema antiofuscante e recurso tilt-down, que facilita a visualização da calçada no momento de estacionar. O CT 200h topo de linha recebe também bancos dianteiros com aquecimento. O do motorista tem ajustes elétricos e memória para distância, inclinação, altura e apoio lombar. O do passageiro dianteiro recebe ajustes elétricos para distância e inclinação.

Os planos de pagamento oferecidos na rede Lexus permitem entrada de 30% a 90% do valor a ser financiado, parcelamento entre 12 e 36 vezes e prestação residual (balão) que pode chegar a 40% do total do veículo.

A quitação também pode ser feita pela renovação do contrato, quando a Lexus garante a recompra do usado por no mínimo 80% da tabela Fipe e a diferença é utilizada como entrada no zero-quilômetro.

Fonte: AB
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Carros com start-stop exigem cuidado redobrado com velas

Sistema que liga e desliga o motor para poupar combustível aumenta o número de partidas e acelera o desgaste do sistema de ignição

O Uno foi o primeiro modelo nacional a contar com a tecnologia start-stop

O Uno foi o primeiro modelo nacional a contar com a tecnologia start-stop (divulgação/Fiat)

Está cada vez maior o número de carros equipados com sistema start-stop no mercado brasileiro. A tecnologia, que desliga o motor do veículo toda vez que o carro está parado reduz o consumo de combustível e o nível de emissões de poluentes.

Entretanto, o start-stop pode gerar desgaste prematuro de algumas peças. Tudo porque o número médio de partidas por dia (que é de 5 a 10) aumenta em um veículo que tenha essa tecnologia – principalmente se o motorista enfrentar longos congestionamentos. Isso faz o sistema de ignição ser muito mais exigido, e aí aumentam as chances de ocorrer um problema.

“A partida é um momento crítico para o sistema de ignição. Por isso, é necessário verificar as condições das velas, cabos e bobinas. Se algo não estiver operando corretamente, o motor poderá apresentar dificuldades para entrar em funcionamento”, afirma Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK, empresa especializada em sistemas de ignição.

Start-stop pode ser desativado por um botão

No Fiat Argo, start-stop pode ser desativado por botão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mori alerta que nem sempre o motorista consegue identificar se há algum problema no funcionamento das velas de ignição. “Os motores atuais estão cada vez mais preparados para trabalhar em condições adversas, especialmente quando há início de falha. Quando o dono do carro percebe que há algo errado, é sinal de que isso já ocorre há algum tempo”.

Velas com desgaste excessivo podem diminuir a vida útil de vários componentes do motor, como cabos, bobinas e catalisadores.

A NGK recomenda inspecionar as velas a cada 10 mil quilômetros ou conforme orientação da fabricante do veículo.  No entanto, há uma recomendação presente na maioria dos manuais de proprietário. O dono deve reduzir o plano pela metade se o veículo for submetido a condições severas de uso, como trânsito intenso diário.

Assim, se a fabricante recomendar a troca das velas a cada 20.000 km, elas devem ser substituídas aos 10.000 km. Afinal, quando o veículo fica parado no congestionamento, o motor está funcionando, mas não há aumento de quilometragem.

Trechos curtos, em que o motor trabalha frio, ou áreas com muita poluição, pó, fuligem ou terra também são consideradas condições de uso severo.

Velas devem ser inspecionadas a cada 10.000 km ou de acordo com o manual do veículo (Silvio Gioia/Quatro Rodas)

 

Dificuldade em dar a partida, falhas nas acelerações, vibrações excessivas no motor e aumento no consumo de combustível indicam que é bom verificar o estado das velas.

Uma inspeção visual também pode dar a resposta: se a vela estiver com coloração marrom, cinza ou levemente amarelada, chegou a hora de trocar a peça.

Vale ressaltar que é até possível trocar as velas do motor em casa, mas nem sempre é recomendável. Retirar e colocar as peças são operações simples que devem ser feitas com o motor frio, tomando cuidado apenas para não danificar as roscas no bloco do motor.

É possível realizar a troca das velas por conta própria, desde que as especificações de fábrica sejam seguidas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O mais importante: respeitar os tipos de vela, não fazer alterações de especificação ainda que as novas sejam compatíveis em tamanho, e utilizar um torquímetro ao fazer o aperto.

Fiat Uno foi o pioneiro, mas Argo é o mais barato

Fiat Uno foi o primeiro modelo nacional a sair de fábrica com sistema start-stop. Embora a maioria dos modelos equipados com este recurso pertençam a categorias superiores, o item já chegou aos segmentos de entrada.

Atualmente, o Fiat Argo Drive 1.0 (R$ 46.800) é o modelo mais acessível do país equipado com este item.

Versão de entrada do Argo é o modelo mais barato com start-stop (divulgação/Fiat)

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Kia anuncia investimentos no Brasil e quatro modelos para 2018

O fim do Inovar-Auto faz a marca respirar aliviada e retomar a ofensiva no mercado brasileiro; carros híbridos também estão na fila

Rio será mais um rival para Argo, Polo, HB20 e Etios (Divulgação/Kia)

Com o fim do programa Inovar-Auto ainda este ano, os fabricantes já começam a ter perspectivas otimistas para 2018. A Kia foi a primeira a anunciar grandes investimentos no país a partir do ano que vem. A aplicação, que deverá beirar os R$ 165 milhões, inclui a importação de ao menos sete novos modelos: quatro já estão confirmados e outros três virão se houver incentivos fiscais.

O primeiro fruto da retomada da marca por aqui será o Rio, um hatch com dimensões próximas às do novo Volkswagen Polo. Tem 4,07 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,46 m de altura e 2,58 m de entre-eixos (contra, respectivamente, 4,05 m, 1,75 m, 1,47 m e 2,56 m do Polo). Fiat Argo, Hyundai HB20, Toyota Etios e Ford New Fiesta também estão na mira do coreano.

Com dimensões similares às do VW Polo, o Rio terá motor 1.6 flex de 130 cv (Divulgação/Kia)

Importado do México, o modelo será equipado com motor 1.6 flex de 130 cv e cerca de 15,4 mkgf. Assim como em seu país de origem, o Rio deverá chegar as opções de câmbio manual e automático, sempre com seis marchas. Os preços deverão ficar entre R$ 55.000 e R$ 70.000.

Apesar da nomenclatura e do visual esportivo da versão GT, o novo Picanto mantém o 1.0 de três cilindros debaixo do capô (Divulgação/Kia)

Em seguida será a vez da nova geração do Picanto, que mantém o motor 1.0 de três cilindros e 80 cv. Assim como o atual, o compacto deverá ter versões com transmissão manual e automática, e preços iniciais perto dos R$ 40.000. Apesar da motorização, porém, a versão importada será a GT, com visual esportivo.

Mas a Kia não se contentará apenas com segmentos de maiores volumes e trará também dois sedãs de luxo. A nova geração do Cadenza, que esteve no Salão do Automóvel de São Paulo em 2016, também está confirmada.

Rival do Fusion, Cadenza ainda é vendido em sua antiga geração no Brasil (Divulgação/Kia)

Atualmente vendido no Brasil em sua configuração antiga por R$ 154.900, o concorrente de Ford Fusion, Hyundai Azera, Honda Accord e Toyota Camry chegará equipado com um motor V6 3.3 GDI de 290 cv, além de diversos itens tecnológicos de segurança, como assistente para saída involuntária de faixa, frenagem de emergência autônoma, alertas de pontos cegos e head up display.

O segundo (e inesperado) sedã será o Kia Stinger, que fez sua primeira aparição pública em janeiro deste ano, durante o Salão de Detroit (EUA). Focado nos modelos médios das alemãs Audi, BMW e Mercedes-Benz, o modelo tem estilo e mecânica dignos de um verdadeiro esportivo.

Feito para brigar com BMW Série 4 e Audi A5, o Stinger vai além da aparência esportiva (Divulgação/Kia)

De acordo com a marca, o Stinger chegará em Brasil em ao menos duas versões: uma equipada com motor 2.0 turbo de quatro cilindros biturbo GDI de 255 cv e 35,9 mkgf; outra com um V6 3.3 biturbo GDI de 370 cv e 50,9 mkgf. Ambas têm transmissão automática de oito marchas, alternando entre tração traseira ou integral. Para o V6, a direção tem relação variável e os freios a disco (ventilados na dianteira e sólidos na traseira) têm pinças Brembo.

Versão totalmente elétrica do Soul já está homologada para o Brasil (Divulgação/Kia)

Outros três carros inéditos têm grandes chances de darem a cara por aqui. O primeiro, já anunciado em novembro de 2016, poderá ser o Soul EV ─ versão totalmente elétrica do crossover, que é abastecida através da tomada em cerca de cinco horas (em 240V). Com a bateria cheia, o modelo de tração dianteira e 29 mkgf promete autonomia de até 199 km e velocidade máxima de 145 km/h.

Versão híbrida do Optima brigará com o já estabelecido Fusion Hybrid (Divulgação/Kia)

O Optima Hybrid também poderá chegar às lojas brasileiras em sua versão que dispensa recargas em tomadas. Nos Estados Unidos, o modelo combina um motor 2.0 a gasolina de 156 cv e um elétrico de 51 cv que resultam em 195 cv em uso simultâneo. Vale destacar que a potência combinada não significa a soma exata dos números de ambos os motores, uma vez que eles trabalham em regimes diferentes, apesar de combinados.

Por aqui, é possível que o Optima híbrido não saia por menos de R$ 150.000, uma vez que seu principal concorrente ─ o Ford Fusion Hybrid ─ parte de R$ 160.900. O Prius, híbrido mais barato do país, sai por R$ 126.600, seguido do Lexus CT200h, por R$ 135.150.

O Niro já veio ao Brasil em 2016, no Salão do Automóvel (Divulgação/Kia)

O último pretendente ao mercado brasileiro é o Niro, também exposto no último Salão do Automóvel. Nascido como um híbrido, o SUV é movido por um motor 1.6 a gasolina de 105 cv e um elétrico de 44 cv, que apresentam potência e torque combinados de 141 cv e 27 mkgf, respectivamente. A transmissão tem dupla embreagem e seis marchas. Ainda sem estimativa de preços, o Niro não deverá ficar abaixo dos R$ 120.000.

Em relação aos modelos híbridos e elétrico, a Kia aponta que a comercialização no Brasil ainda depende de uma política de tributação diferenciada a estes tipos de veículos. Além das quatro novidades, a Kia confirma a continuação dos atuais Cerato, Sportage, Sorento, Soul, Grand Carnival e o caminhão Bongo. A marca não comenta sobre a disponibilidade dos sedãs Quoris e Optima.

Alinhado ao resto do mundo, o novo Sportage seguirá suas vendas por aqui (Divulgação/Kia)

Investimento otimista

A declaração da Kia Motors do Brasil em relação aos seus investimentos no país são otimistas ─ ou ambiciosas, como queira. De acordo com a fabricante, cerca de R$ 165 milhões serão aplicados por aqui, sendo R$ 50 milhões destinados a novas concessionárias, R$ 45 milhões em publicidade e marketing, R$ 30 milhões em softwares e equipamentos, R$ 35 milhões para o centro tecnológico e R$ 5 milhões para treinamentos de colaboradores e estoque de peças de reposição para os novos modelos.

Na linha 2017, faróis estão mais afilados e ligados à grade

Cerato segue como sedã mais barato da linha (João Mantovani)

Ainda segundo a empresa, em 2018 serão inauguradas 25 novas lojas (sendo 10 previstas já para janeiro e 15 até o final do ano), 1.300 novos empregos diretos serão gerados e há a expectativa de que 20.000 veículos sejam comercializados no ano.

Para efeito de comparação, em 2017, a perspectiva é de que os atuais 90 pontos de venda emplaquem cerca de 8.000 unidades. Já em 2011, melhor ano da marca no Brasil, foram 80.000 carros distribuídos para as então 180 concessionárias, o que representou 2,25% do mercado de automóveis e comerciais leves. Em 2016 a sul-coreana ficou com 0,54%, segundo a Fenabrave.

Rasteira imposta

O grande mal feito à Kia (e diversas outras marcas dependentes de importados) foi a instauração do programa Inovar-Auto, um regime automotivo válido desde 2013 sob a lei 12.715/2012. No programa, carros importados (exceto de Mercosul e México) possuem acréscimo de 30 pontos percentuais de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), incentivando as montadoras a instalarem unidades produtivas no país. Caso o façam, esses pontos são automaticamente desconsiderados.

Contudo, aderindo ao Inovar-Auto sem a instalação de unidades fabris, mas com investimentos locais, as empresas poderiam importar 4.800 carros por ano com o desconto dos 30 pontos percentuais do IPI. É o caso da Kia. A crise do setor acabou por piorar ainda mais a situação da coreana, que agora comemora a estabilização do mercado e o fim das regras de importação.

 

Fonte: Quatro Rodas

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Teste: Renault Kwid, Jeep Renegade e Honda WR-V caem na trilha

Está na moda ser (ou parecer) um SUV. Mas será que o Renault Kwid e o Honda WR-V conseguem chegar aonde o Renegade vai?

O Renegade é um SUV de verdade; já WR-V e Kwid só são chamados assim pelas montadoras (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Acreditar em propagandas é igual falar com estranhos: não é recomendável, mas muita gente faz. De olho na popularização dos utilitários esportivos, Honda e Renault resolveram vender seus últimos lançamentos (o monovolume WR-V e o hatchback compacto Kwid) como SUVs.

As marcas se defendem citando a Portaria nº 522 do Inmetro, a qual define todo veículo com ângulo de ataque de 23°, altura livre do solo de 18 cm e ângulo de saída de 20° como um fora de estrada compacto.

Sendo assim, compramos o discurso das montadoras e levamos os dois modelos para encarar um SUV que carrega a tradição Jeep para um lugar onde eles se sentem à vontade – ou deveriam: a terra.

Único SUV entre os três, o Renegade passou pelos obstáculos sem grandes problemas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Vale frisar que não se trata de comparativo: o objetivo era descobrir se Kwid e WR-V realmente conseguem fazer o mesmo que um autêntico SUV (no caso, o Jeep Renegade) faz. Mas para equilibrar a briga convocamos um Renegade Limited só com tração dianteira.

Escolhemos uma pista dentro do Haras Tuiuti, no interior paulista, repleta de obstáculos, como tanque de areia, pedras e a “caixa de ovos” – uma área formada por erosões alternadas que fazem o carro afundar de um lado para o outro.

Desviamos apenas dos trechos mais severos (indicados apenas para tração 4×4), como as descidas acentuadas ou o fosso de lama. É um traçado difícil, mas qualquer veículo utilitário, como uma picape média, pode superar.

WR-V teve suas limitações; suspensão é a mais dura entre os três (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Começamos pela caixa de areia. Apesar da superfície fofa, nenhum deles sofreu para atravessá-la. Depois partimos para as pedras – e aí começaram os problemas.

Analisamos cuidadosamente o trajeto e removemos as pedras mais altas para evitar danos severos à parte inferior dos veículos. Se não fosse isso, dificilmente o Kwid conseguiria atravessar a pista de pedras ileso.

Dono da maior altura livre do solo (21 cm), o WR-V raspou o protetor de cárter em algumas ocasiões, mas cumpriu a prova sem grandes problemas. Embora não tenha a maior altura do solo, o Renegade venceu as pedras com facilidade, especialmente por ter pneus mais altos.

A prova da rampa só comprovou nossa expectativa: nenhum deles chegaria ao topo sem tração nas quatro rodas – e mesmo assim seria preciso “pegar embalo” para entrar na subida com o motor cheio. Restou a nós partir para o próximo desafio.

Morro acima? Sem tração 4×4 nenhum dos três conseguiu subir (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Foi na temida caixa de ovos que os modelos sofreram mais. Único SUV de verdade da turma, o Renegade mostrou desenvoltura e saiu dos buracos sem dificuldades nas várias vezes em que realizamos o percurso, mesmo sem ter bons ângulos de ataque e saída.

A calibragem da suspensão agrada por não ser excessivamente dura nem muito mole. O resultado é um carro firme nas incursões fora de estrada, absorvendo bem as irregularidades do piso.

O SUV mostrou desenvoltura mesmo quando ficou com uma das rodas no ar – situação comum nas péssimas vias brasileiras. Além dos pneus terem perfil mais alto e serem de uso misto (Kwid e WR-V têm pneus para asfalto), a suspensão independente nas quatro rodas também faz a diferença por ter um curso maior do que os outros.

A boa altura do solo fez o Kwid se virar bem na trilha (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A surpresa agradável ficou por conta do Kwid. Além da boa altura livre do solo, os ângulos de ataque (24°) e saída (40°) – são os melhores do trio – jogaram a favor do hatch.

Pequeno e leve (786 kg contra 1.130 kg do WR-V e 1.440 kg do Renegade), o Renault passou pela caixa de ovos praticamente sem raspar o para-choque no chão. Foram poucas as vezes em que precisou recuar para transpor um obstáculo.

A carroceria não torceu excessivamente em quase nenhuma ocasião e a calibragem dura da suspensão pode até ser um pouco desconfortável para o uso urbano, mas se mostrou boa para os terrenos acidentados. Até o motor 1.0 SCe de três cilindros deu conta do recado, bastando dosar o acelerador para não ficar preso.

O WR-V sofreu para passar pelos obstáculos mais difíceis (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Já o WR-V não escondeu suas limitações. A suspensão é a mais dura do trio, maltratando os passageiros em pisos irregulares e fazendo-os sacolejar de um lado para o outro.

A dianteira raspa facilmente nas valetas mais profundas e em duas ocasiões precisamos dar marcha a ré e entrar embalado para seguir adiante. Dos três modelos, foi ele que raspou o assoalho com maior frequência nos morros de terra. Sair dos buracos, em compensação, não foi tão difícil devido aos bons 29° de ângulo de saída.

Ao fim do dia, ficou claro que o Renegade honrou a história da Jeep. Apesar de não ter a valentia (e nem a altura do solo) das versões diesel, ele fez jus ao rótulo de utilitário esportivo e venceu os desafios sem muito esforço, graças ao trabalho da suspensão e dos pneus maiores e de uso misto.

O Honda WR-V provou que está longe de ser chamado de SUV. Trata-se deum modelo feito para quem valoriza mais o visual aventureiro do que sua aptidão off-road, e por isso não deve ser submetido a loucuras.

O Kwid é o mais barato e não parece feito para sair do asfalto, mas mostrou desenvoltura incomum no meio da terra (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Por fim, o Kwid surpreendeu pela valentia inesperada para um popular urbano, acompanhando de perto as estripulias e vencendo obstáculos com a facilidade de um SUV.

Se a sua intenção é encarar uma trilha leve, o Renegade atenderá suas necessidades se você não exagerar. Mas não despreze o Kwid: ele é mais robusto do que parece, fácil de manobrar e chega a praticamente todos os lugares onde o Renegade vai. E nem cobra tão caro por isso.

Saindo do buraco

Um bom ângulo de ataque ou saída pode ajudar a se livrar do aperto

Os três modelos testados e a altura de cada um (Infográfico/Quatro Rodas)

Raspar a parte inferior do para-choque em valetas (e nas trilhas, claro) é normal nos Renegade com motor flex. Indicadas para o off-road, as versões turbodiesel do Renegade têm ângulo deentrada de 30º e saída de 32º.

O Kwid tem o segundo melhor ângulo de ataque da linha Renault: ganha do Captur (23°) e perde para o Duster (30º). O ângulo de saída supera a maioria dos SUVs – e até carros mais caros, como o Discovery Sport e seus 31°.

Assim como o Renegade, o WR-V também bate a parte inferior do para-choque em obstáculos mais altos. O bom ângulo de saída do WR-V quase empata com o Renault Duster (34°), o campeão entre os SUVs.

Teste de pista (com gasolina)

Renault Kwid Intense Jeep Renegade Limited Honda WR-V EXL
Aceleração de 0 a 100 km/h 14,9 s 14,3 s 12,2 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 36,6 s – 137,2 km/h 35,4 s – 148,4 km/h 33,7 s – 156,9 km/h
Retomada de 40 a 80 km/h (em 3ª) 8,6 s 6,1 s 6 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) 14,3 s 8,1 s 6,7 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) 26 s 10,4 s 8,8 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 16,5/28,9/65,1 m 18,2/31,4/74 m 17/29,4/68,2 m
Consumo urbano 14,7 km/l 9,6 km/l 12,2 km/l
Consumo rodoviário 18,5 km/l 12 km/l 14,8 km/l
Ruído interno (neutro / RPM máximo) 44,7/73 dBA 42/70,4 dBA 36,7/76,2 dBA
Ruído interno (80 / 120 km/h) 66,7/73,2 dBA 62,4/67,6 dBA 59,8/72,5 dBA
Aferição real do velocímetro a 100 km/h 101 km/h 94,5 km/h 96,2 km/h
Rotação do motor a 100 km/h em 5ª marcha n/d 2.000 rpm 2.000 rpm
Preço R$ 39.990 R$ 99.990 R$ 83.400
Garantia 3 anos 3 anos 3 anos
Revisões R$ 1.164 R$ 1.951 R$ 1216,89
Seguro R$ 2.606 R$ 4.809 R$ 3.558
Veredicto Talvez a Renault tenha forçado a barra ao chamar o Kwid de “SUV dos compactos”. Mas o hatch surpreendeu: ele passa incólume por buracos profundos e acompanha o ritmo de um SUV 4×2. O Renegade parece baixo demais para um SUV, mas foi bem na trilha. Não é indicado para o fora de estrada radical, mas supera estradas de terra mais difíceis e obstáculos leves sem problemas. O WR-V recebeu até uma nova calibragem da suspensão, mas nada mais é do que uma versão aventureira do Fit. Baixo demais para encarar pedras, ele saiu da trilha com cicatrizes.

Ficha técnica

Kwid Intense Renegade Limited WR-V EXL
Motor flex, diant., transv.,. 3 cil. em linha, 12V, DOHC, 999 cm³, 69 x 66,8 mm, 10:1, 70/66 cv a 5.500 rpm, 9,8/9,4 mkgf a 4.250 rpm flex, diant., transv., 4 cil., 16V, 1.747 cm³, 80,5 x 85,8 mm, 12,5:1, 139/135 cv a 5.750 rpm, 19,3/18,8 mkgf a 3.750 rpm flex, diant., transv., 16V, 4 cil., 1.497 cm3, 73 x 89,4 mm, 11,4:1, 116/115 cv a 6.000 rpm, 15,3/15,2 mkgf  a 4.800 rpm
Câmbio manual, 5 marchas, tração dianteira aut., 6 marchas, tração dianteira aut., CVT, tração dianteira
Suspensão McPherson (diant.) / eixo rígido (tras.) McPherson (diant. e tras.) McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
Freios discos sólidos (diant.) e tambores (tras.) discos ventilados (diant.) e discos sólidos (tras.) discos ventilados (diant.) e tambores (tras.)
Direção elétrica, 3,5 voltas entre batentes, 10 m (diâmetro de giro) elétrica, 10,8 m (diâmetro de giro) elétrica, 10,6 m (diâmetro de giro)
Rodas e pneus 165/70 R14 225/55 R18 195/60 R16
Dimensões compr., 369 cm, larg., 158,6 cm; alt., 147,4; entre-eixos, 242,3 cm. Porta-malas, 290 l; tanque, 38 l; peso, 786 kg; peso/potência, 11,2/11,9 kg/cv; peso/torque, 80,2/83,6 kg/mkgf compr., 423,2 cm, larg., 179,8 cm; alt., 170,5; entre-eixos, 257 cm; porta-malas, 273 l; tanque, 60 l; peso, 1.440 kg; peso/potência, 10,3/10,6 kg/cv; peso/torque, 74,6/76,6 kg/mkgf compr., 400 cm, larg., 173 cm; alt., 160 cm; entre-eixos, 255 cm. Porta-malas, 363 l; tanque, 45 l; peso, 1.130 kg; peso/potência, 9,7/9,8 kg/cv; peso/torque, 73,8/74,3 kg/mkgf

Fonte: AB

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Ford cria boné antissono para motoristas

Na cabeça, percebe a fadiga e vibra para impedir cochilo ao volante

PEDRO KUTNEY, AB

Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, experimenta o boné antissono
Ford Caminhões apresentou um boné antissono para motoristas, que será uma das atrações de seu estande na próxima Fenatran (Salão Internacional do Transporte de Cargas, de 16 a 20 de outubro no SP Expo, em São Paulo). Ainda em fase de protótipo e sem data para chegar ao mercado, o boné é equipado com sensores que monitoram o movimento da cabeça e interpretam um possível cochilo ao volante. Quando percebe que o motorista cai no sono, a chamada “pescada”, começa a vibrar e emite alertas sonoro e luminoso para acordá-lo, incentivando a fazer uma parada para descanso. A novidade foi apresentada como parte da comemoração dos 60 anos de produção de caminhões Ford no Brasil.

“É uma ideia simples, mas com grande potencial de evitar uma das maiores causas de acidentes de caminhões. Este Boné Alerta que já estamos testando há oito meses detecta a fadiga e avisa o motorista”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, enquanto usava na cabeça o protótipo que apresentou a jornalistas na sexta-feira, 6. “Tenho certeza que será uma importante ajuda para aumentar a segurança das estradas brasileiras”, completou.

O Boné Alerta da Ford foi testado durante oito meses por um grupo selecionado de motoristas e já soma mais de 5 mil quilômetros percorridos em condições reais de rodagem. O protótipo também foi apresentado a especialistas da área de segurança de tráfego e estudos do sono, que reconheceram o seu potencial para auxiliar na prevenção de acidentes nas estradas.

“Ainda não sabemos se vamos oferecer o Boné Alerta como um brinde a clientes ou podemos vende-lo como acessório. Antes precisamos terminar o desenvolvimento para garantir o padrão de qualidade e funcionamento”, diz João Pimentel, diretor de operações da Ford Caminhões. “O fato é que boa parte dos caminhoneiros usa boné e tem problemas de sono ao volante. É uma boa solução”, completa.

Fonte: AB
Polo e Corolla latin NCAP crash test interna

VW Polo e Toyota Corolla têm nota máxima em crash test

Modelos recebem a maior qualificação possível pelo Latin NCAP

REDAÇÃO AB

O novo Volkswagen Polo e o Toyota Corolla, ambos produzidos no Brasil, alcançaram a maior qualificação possível em teste de colisão da 5ª bateria de testes do ano realizados pelo Latin NCAP, Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina, e cujos resultados foram divulgados na terça-feira, 26 (veja vídeos abaixo). Ambos os modelos receberam a nota mais alta (cinco estrelas) numa escala de zero a cinco, tanto no quesito proteção de ocupante adulto quanto no de proteção de crianças. Os dois testes foram patrocinados, significando que as próprias montadoras ofereceram o carro para o crash test. Conforme as regras de patrocínio, o carro é escolhido aleatoriamente por representante do Latin NCAP e a montadora arca com os custos.

Foram feitos testes de impacto frontal, lateral e lateral de poste nos carros escolhidos. A avaliação do Latin NCAP aponta que o Toyota Corolla, cuja versão 2018 chegou ao mercado brasileiro em março conta com sete airbags e ESC (controle eletrônico de estabilidade) de série em todas as versões (leia aqui) obteve bom desempenho em todos os testes, incluindo o de ESC, que cumpre com os requerimentos do programa, garantindo o posicionamento do modelo como um dos mais seguros vendidos no Brasil e América Latina.

O Corolla havia sido avaliado em 2014, ocasião em que já havia obtido cinco estrelas para proteção de adultos, e agora foi reavaliado conforme o último protocolo do Latin NCAP e auditado em diferentes versões fabricadas em diferentes países, sendo Brasil e Estados Unidos, uma vez que alguns mercados da América Latina recebem o modelo de origem norte-americana. Em sua análise, o Latin NCAP aponta que a Toyota demonstra com o resultado do Corolla a possibilidade de aumentar a segurança de crianças abaixo dos 3 anos ao posicioná-las olhando para trás do veículo, o que traz benefícios significativos para sua proteção em um impacto frontal, conforme demonstrado no teste.

Além disso, o Corolla também recebeu um prêmio adicional, o Latin NCAP Advanced Award por atender requisitos de proteção a pedestres. A avaliação é feita com base em testes que simulam situações de acidentes envolvendo pedestres, conforme padrões estabelecidos pela legislação da Europa.

“Na Toyota, a segurança é a nossa principal prioridade. Nossos investimentos em pesquisa, tecnologia e desenvolvimento para produção de carros cada vez mais seguros tem mostrado resultados impressionantes. Obter a nota máxima para o Corolla de uma entidade respeitada como o Latin NCAP me deixa muito orgulhoso. Ao mesmo tempo, me traz tranquilidade saber que os nossos clientes de toda América Latina e Caribe estão dirigindo o sedã médio mais seguro disponível na região”, afirma em nota o CEO da Toyota para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo.

Por sua vez, o Volkswagen Polo está sendo apresentado à imprensa especializada nesta mesma data de divulgação dos testes, mas só chega ao mercado brasileiro em novembro. Segundo o Latin NCAP, a avaliação do modelo fabricado na planta Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP) se mostra satisfatória nos testes de impacto frontal, lateral e lateral de poste. Nos três, o Polo apresentou condições favoráveis de segurança para adultos em função dos quatro airbags de série em todas as versões, dois dianteiros e dois laterais, que apresentaram rendimento robusto. O veículo também se beneficiou por sua estrutura em mais de 50% formada por aços especiais de alta e ultra-alta resistência conformados a quente, sendo este último cerca de quatro vezes mais forte que uma chapa de aço convencional.

No teste do ESC, o Latin NCAP avalia que no VW Polo ele cumpre com as condições estabelecidas pelo programa. O sistema equipa só as versões mais caras, a Confortline e Highline, e opcional na de entrada. O carro também oferece boas condições de segurança para ocupantes crianças: além de ancoragem Isofix para cadeirinhas (SRI), conta com interruptor para desligar o airbag de passageiro quando a cadeira é posicionada olhando para trás do veículo e cinto de três pontos em todas as posições. O novo Polo também atendeu requisitos de proteção para pedestre, recebendo igualmente o prêmio Latin NCAP Advanced Award.

“Esses resultados são muito alentadores. É uma mensagem clara para os governos, os consumidores, os fabricantes de automóveis que investem em uma maior segurança e para aqueles que ainda estão adiando, em nossos mercados, a incorporação dos níveis mínimos de segurança do mundo. Esses últimos resultados são uma consequência da reação dos consumidores e da resposta dos fabricantes e do mercado, pois estão introduzindo níveis de segurança cinco estrelas além, e bem antes de qualquer regulação governamental em toda a região. Consideramos também que é ótimo ter o resultado do Latin NCAP apenas um modelo é lançado à venda e não ter que esperar meses para os consumidores contarem com essa informação. Imaginem que tão longe poderíamos chegar se todos os veículos do mercado fossem testados pelo Latin NCAP. Assim sendo, os consumidores contariam com informação sobre a segurança de cada carro ao comprar um novo. É possível e factível. Torçamos agora por carros mais seguros na América Latina”, comenta o secretário geral do Latin NCAP, Alejandro Furas.

“Esses dois modelos demonstram claramente que é possível oferecer modelos produzidos localmente com níveis de segurança de cinco estrelas em 2017. Esperamos que esse fato anime outros fabricantes a acompanharem os passos da Toyota e da Volkswagen. Os fabricantes estão mostrando seu compromisso com relação a veículos mais seguros, embora faltem regulamentações sólidas de segurança em toda a região. Esses resultados demostram aos governos a capacidade dos fabricantes, bem como que não há escusa para adiar a adoção de medidas de segurança mínimas que se foquem em salvar as vidas dos consumidores da América Latina e do Caribe”, reforça o presidente da comissão diretiva do Latin NCAP, Ricardo Morales Rubio.

Os próximos resultados de testes de colisão serão apresentados em outubro pelo Latin NCAP.

Veja abaixo os vídeos dos testes de Volkswagen Polo e Toyota Corolla:

Fonte: AB
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Chevrolet Equinox vai custar R$ 150 mil

SUV feito no México será vendido pela GM a partir de outubro

REDAÇÃO AB

GM divulgou o preço do Chevrolet Equinoxque será vendido no Brasil a partir de outubro: R$ 149.900, disponível apenas na versão topo de linha Premier. O SUV de tamanho médio é fabricado no México, por isso pode ser trazido ao Brasil sem pagamento de imposto de importação, dentro do acordo bilateral de comércio de automóveis mantido entre os dois países.

O novo SUV foi apresentado no início deste ano no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, e a GM também trouxe o modelo para o Salão de Buenos Aires, em junho passado na Argentina. No Brasil o Equinox será oficialmente lançado em outubro, mas pode ser reservado a partir da quarta-feira, 20, na rede de concessionárias Chevrolet.

O Equinox é terceiro SUV Chevrolet vendido no País e coloca um produto de tamanho intermediário no portfólio da GM, ficando entre o compacto Tracker, lançado no início deste ano e também importado do México, e o Trailblazer, derivado da picape S10, com produção nacional em São José dos Campos (SP).

SÓ A VERSÃO MAIS CARA

Como estratégia, o Equinox servirá para complementar a linha e garantir um pouco mais de participação no segmento de mercado que mais cresce atualmente. Com o preço, a GM foca na parte de cima do mercado, onde estão clientes de maior poder aquisitivo. Por isso traz o modelo em versão única, mais cara e sofisticada.

Em configuração única, o Equinox Premier tem motor 2.0 turbo, de 262 cavalos e 37 kgfm de torque máximo, e tração integral AWD, que funciona em 4×2 ou 4×4 dependendo da condição de rodagem e parâmetros de segurança. A transmissão, inédita na linha Chevrolet, é automática de nove marchas fornecida pela ZF – que estreou no Brasil há dois anos a bordo do Jeep Renegade e depois estendida pela FCA para Jeep Compass e Fiat Toro. O Equinox também é equipado com direção elétrica progressiva, controlador de velocidade de cruzeiro, sistema start-stop (desliga e religa o motor automaticamente nas paradas e partidas no trânsito) e botão de ignição sem chave.

O acabamento interno inclui bancos e volante revestidos em couro sintético perfurado e costuras duplas, painel com material macio, assento do motorista com regulagem elétrica e memórias, sistema de áudio com alto-falantes de alta definição Bose, multimídia MyLink com Android Auto e Apple CarPlay, carregador de smartphones sem fio, volante multifuncional, ar-condicionado digital de dupla zona de temperatura com acionamento remoto de ignição para refrescar a cabine antes do embarque, porta-malas com acionamento elétrico por sensor de movimento (passando o pé por debaixo do para-choque traseiro), sistema de telemática OnStar,

Na lista de itens de segurança, o modelo vem com controle eletrônico de estabilidade e tração; freios ABS/EBD; frenagem automática de emergência; alertas sensorial, luminoso e sonoro de colisão; assistente de permanência na faixa e de estacionamento; além de alerta de ponto cego.

Do lado de fora, o Equinox Premier tem faróis de LED inteligentes (que altera o facho alto de acordo com o tráfego para não ofuscar a visão de quem vem em sentido contrário), retrovisores elétricos aquecidos, teto solar panorâmico com acionamento elétrico, além de rodas de 19 polegadas com acabamento diamantado. O mesmo efeito cromado se aplica nos insertos dos para-choques e nas duas ponteiras aparentes do escapamento, uma em cada extremidade do veículo.

Fonte: AB
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General Motors fecha parceria com Sem Parar

Usuários do GM OnStar terão três mensalidades grátis na adesão ao sistema

REDAÇÃO AB

General Motors fez uma parceria com o Sem Parar, sistema de pagamento automático de pedágios, combustível e estacionamentos. Quem for usuário do sistema de telemática GM OnStar terá três mensalidades gratuitas na compra da tag (etiqueta eletrônica) do Sem Parar e adesão ao sistema.

No momento da compra o usuário do OnStar só precisa solicitar o código promocional apertando o botão azul do OnStar. “Estamos oferecendo um diferencial exclusivo para o cliente OnStar que ainda não tem o Sem Parar”, afirma Péricles Mosca, diretor do OnStar para a América do Sul.

“A parceria com grandes empresas como a GM é importante para popularizar o pagamento automático no País e fazer com que esse mercado continue crescendo”, recorda o diretor comercial do Sem Parar, Bartolomeu Correa.

O OnStar é uma tecnologia de telemática disponível em carros Chevrolet que oferece serviços de emergência, segurança, diagnóstico, navegação, conveniência e conectividade.

A promoção só é válida para clientes novos do Sem Parar. Para usuários do Onstar que já utilizem o Sem Parar, a inclusão será possível para uma nova placa e em data posterior ao início da vigência da promoção.

Fonte: AB