Venda de veículos vai patinar por 2 a 3 anos
Anfavea prevê altas modestas em curto prazo, de 5% a 10%
MÁRIO CURCIO, AB
Megale, no entanto, comemora o pequeno crescimento em 2017 do mercado de automóveis e comerciais leves: “Com a atualização dos números até ontem (21 de agosto) a alta já estava em 4,3%”, diz. Sendo assim, o mês de agosto incompleto teria resultado em uma melhora de 0,3 ponto porcentual sobre o acumulado até julho, que registrava alta de 4% sobre os mesmos sete meses de 2016.
“Em breve faremos uma revisão de nossa projeção em emplacamentos”, diz o presidente da Anfavea. Outra ajuda importante à indústria nacional tem vindo das exportações: “Este ano provavelmente bateremos o nosso recorde, que foi registrado em 2005 com 724 mil veículos”, projetou Megale.
Ele recorda que parte disso foi possível pela melhora promovida nos carros brasileiros em tecnologia e segurança. “Nossos carros representavam apenas 1,7% do mercado chileno em 2012 e em 2017 essa participação saltou para 11%. O automóvel brasileiro ficou mais competitivo lá, em um país com acesso a modelos de vários países.”
Megale recorda ainda que as exportações para o Uruguai dobraram este ano e que o aumento da participação em países vizinhos vem diminuindo a dependência da Argentina, que já respondeu por 70% dos embarques feitos pelo Brasil.