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GM e Ford sobem, VW e Fiat descem no ano

Entre as 10 marcas mais vendidas, a maioria teve expansão de vendas

PEDRO KUTNEY, AB

Passado o primeiro semestre em que o mercado brasileiro de veículos leves finalmente comemorou pequeno crescimento de 4,25% na comparação com o mesmo período de 2016, GM/Chevrolet e Ford foram as duas principais vencedoras no ranking das 10 marcas mais vendidas do País, ambas com avanço porcentual de vendas acima de dois dígitos e elevação de participação. A GM conseguiu expandir sua liderança na primeira posição, enquanto a Ford retomou a quarta colocação. Com desempenho oposto, Fiat e Volkswagencontinuaram a perder terreno.

GM segue inabalável no topo do ranking, com 175,8 mil veículos emplacados no primeiro semestre do ano, garantindo alta de 11,6% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, em crescimento quase três vezes maior do que a média de expansão do mercado. A Chevrolet foi a marca que mais ganhou participação no período, 1,17 ponto porcentual, para 17,7%. O bom desempenho é em boa medida dependente de apenas dois carros: o hatch Onix e seu irmão sedã Prisma, que juntos representaram 65% das vendas, somando 114,4 mil emplacamentos.

Apesar de ainda conseguir se sustentar na segunda posição do ranking de marcas, a Fiat foi a maior perdedora do semestre, com queda nos licenciamentos de 6,1% (em oposição à alta do mercado), com quase 135 mil unidades vendidas, e market share reduzido em 1,5 ponto, para 13,61%. As vendas do recém-lançado Argo ainda não fizeram efeito e o carro mais vendido da marca no País, o Mobi, aparece apenas como o oitavo mais emplacado no período, depois vem o Uno em 13º e o Palio em 22º. Assim a Fiat segue se apoiando na boa performance de duas picapes, Toro e Strada, em primeiro e segundo lugares, respectivamente, entre os comerciais leves mais emplacados no primeiro semestre.

Segurando posição em terceiro no ranking, a Volkswagen também segue perdendo terreno. Cedeu 0,73 ponto porcentual de participação na comparação semestre contra semestre, ficando com 12,6%, enquanto as vendas no período apontaram desempenho negativo de 1,46%, com 125 mil emplacamentos. O campeão de vendas da marca, o Gol, hoje é o quinto mais vendido no Brasil, e depois dele o melhor colocado é o Fox, na 11ª colocação, enquanto Voyage e Up! aparecem quase empatados apenas nos 14º e 15º postos, respectivamente.

Com as boas vendas do Ka, terceiro carro mais emplacado do País no primeiro semestre do ano e responsável por pouco menos da metade do desempenho da marca, a Ford conseguiu recuperar a quarta posição do mercado, com 93,5 mil unidades emplacadas, crescimento de 15,8% e ganho de quase um ponto porcentual de market share, para 9,43%, ultrapassando assim Hyundai e Toyota – na primeira metade de 2016 a Ford era a sexta colocada. Também pesou a favor o momento de liquidação, com descontos atraentes, da atual geração do EcoSport, que será substituída por nova versão do modelo no fim deste mês.

Hyundai, que terminou 2016 na inédita quarta posição do mercado brasileiro, desceu um degrau no semestre para a quinta colocação, perdendo 0,68 ponto de participação, agora em 9,41% – apenas 0,02 ponto atrás da Ford. Foram 93,3 mil emplacamentos no período, em queda de 2,8% sobre o mesmo intervalo do ano passado, mas o HB20 segue sendo o segundo carro mais vendido do País e responde por mais de 50% das vendas da marca coreana no Brasil.

Em sexto no ranking semestral, a Toyota também desceu uma posição no ranking na comparação com o mesmo período do ano passado, mas suas vendas seguem em crescimento, ainda que de tímidos 2,7%, abaixo da média do mercado, com 87,7 mil emplacamentos no semestre. A marca perdeu imperceptíveis 0,13 ponto de participação, está com 8,85%. Renovado no início deste ano, o sedã Corolla segue sendo o campeão de vendas da Toyota, é o sétimo carro mais vendido no Brasil hoje, com cerca de um terço dos licenciamentos da marca e à frente até mesmo do popular Etios, que figura em 12º lugar entre os mais comprados.

Em sétimo lugar, a Renault conseguiu sustentar posição graças às vendas diretas a locadoras, que representaram cerca de metade das vendas da marca no País no semestre. Os emplacamentos somaram 73,4 mil veículos, em alta de 5% alinhada com o desempenho médio do mercado no período. O market share ficou praticamente estável em 7,4%, com desempenho comercial apoiado no Sandero, o quarto carro mais emplacado do País, responsável por mais da metade dos licenciamentos da Renault nesses seis meses.

Honda segue pregada na oitava posição do ranking de marcas, com 65 mil emplacamentos no semestre, o que garantiu crescimento de 3,66% no período e participação estável de 6,56%. O HR-V segue sendo o modelo mais vendido da marca e o SUV número um do País. Com certa limitação de produção e sem ver mercado suficiente para inaugurar sua segunda fábrica no Brasil, a Honda prefere ficar onde está, sem ganhar nem perder muito.

Jeep, com o segundo e o terceiro SUVs mais vendidos do País (Compass e Renegade, respectivamente), foi a marca que teve o maior crescimento de vendas no primeiro semestre de 2017, de expressivos 53,4% na comparação com os mesmos seis meses de 2016. Com 40,3 mil emplacamentos no período, ficou em nono lugar no ranking, com market share de 4%, ou 1,3 ponto maior do que o verificado há um ano.

Fechando a lista das 10 marcas mais vendidas do País, a Nissan vendeu 34,1 mil veículos no primeiro semestre, com a segunda maior expansão de vendas, de 38,2%, e ganho de 0,85 ponto de participação, para 3,44%. O Kicks foi responsável por cerca de um terço dos licenciamentos da marca, superando March e Versa – os outros dois Nissan fabricados no Brasil.

Fonte: AB
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Scania tem maior ganho de participação

Mercedes-Benz sustenta liderança e MAN/VW perde mais terreno

PEDRO KUTNEY, AB

No cenário de profunda e persistente recessão do mercado nacional de caminhões, que no primeiro semestre deste ano anota retração de quase 20% sobre idêntico intervalo de 2016, a Scaniafoi a única marca a apresentar resultados positivos consistentes no período, com crescimento de vendas o maior ganho de participação entre as concorrentes. A Mercedes-Benz também tomou mais market share, mas teve queda de emplacamentos, enquanto a MAN/VWCO registrou a perda mais significativa de terreno.

Mercedes-Benz segue no primeiro lugar do ranking nacional de caminhões, com 6,6 mil veículos emplacados no primeiro semestre do ano, garantindo ganho de 0,83 ponto porcentual de participação de mercado no período, ampliando seu domínio para quase 31%. Mas isso não impediu queda de 13,3% em suas vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. A marca vem colhendo frutos de seus esforços para aumentar o leque de ofertas aos compradores, com projetos específicos para atender determinados segmentos. Isso não tem sido suficiente para reverter os resultados negativos, mas ao menos o desempenho está melhor do que o recuo médio do mercado brasileiro.

MAN/VWCO conseguiu se sustentar com boa margem na segunda posição do ranking de caminhões, mas foi a maior perdedora do semestre, cedendo 2,11 pontos porcentuais de market share à concorrência e reduzindo sua participação a 25,2%. Com 5,4 mil emplacamentos de modelos VW e MAN, o desempenho no semestre foi de queda de 22,1%, um pouco pior do que a retração média do mercado. Sem muitos produtos nem tradição para atender ao agronegócio, principal comprador do setor no período, a fabricante ficou restrita a segmentos que enfrentam mais dificuldades para retomar as vendas.

Na terceira posição do ranking, a Ford vendeu 3,9 mil caminhões no primeiro semestre, em baixa de 12,6% sobre o mesmo período de 2016, mas conseguiu conquistar 0,55 ponto de participação, subindo para 16%. A marca tem conseguido se destacar no segmento de semileves com o Série-F, e com a ampla linha Cargo caiu menos do que a média do mercado, só perdendo muito terreno entre os pesados, onde não tem tradição.

Na sequência do ranking aparecem as duas suecas especialistas em caminhões de grande porte semipesados e pesados, disputando terreno palmo a palmo. Mas com desempenhos opostos. A Volvo vendeu 2,37 mil unidades, em queda de 18,2% sobre o mesmo semestre de 2016 e participação estável de 11% (ligeira perda de 0,35 ponto), mantendo-se na quarta posição do ranking, somente uma centena de veículos à frente da quinta colocada Scania, que emplacou 2,27 mil, mas com este resultado foi uma das duas únicas marcas do mercado que apresentou crescimento de vendas no período, de 9,74%. E foi também a que mais ganhou market share, expressivos 2,45 pontos, ficando com 10,6% do mercado. Ambas foram embaladas pelas vendas de modelos extrapesados usados no agronegócio, mas a Volvo aumentou mais seus preços e cedeu espaço para a Scania.

Na parte de baixo do ranking só figuram marcas de menor expressão que venderam menos de mil caminhões no semestre – e a maioria emplacou menos de 100. Lidera este pelotão, em sexto lugar, a Iveco com 841 unidades emplacadas no primeiro semestre, em queda expressiva de 40,5% sobre o mesmo período do ano passado e perda de 1,65 ponto de participação de mercado, agora em 3,9%.

DAF subiu para a sétima posição do mercado, com ganho de 0,6 ponto de participação, para 1,7%, e elevada expansão de 31% nas vendas do semestre, mas seus volumes continuam bastante baixos: foram emplacados 363 caminhões da marca no período, atuando somente nos segmentos de pesados e semipesados.

Única fabricante brasileira, a gaúcha Agrale desceu para a oitava posição do ranking com apenas 60 unidades emplacadas e a maior retração, de quase 51%, entre as dez marcas de caminhões mais vendidas. A participação de mercado segue inexpressiva: apenas 0,28%, com redução de 0,2 ponto em comparação com o primeiro semestre de 2016.

No pé do ranking, na nona posição, aparece a International, uma marca “morta-viva” que não fabrica nenhum caminhão no País desde 2015, mas segue vendendo o estoque que ficou para trás, especialmente o semipesado Durastar. Com 28 emplacamentos, teve resultado praticamente igual ao do mesmo período do ano passado.

Fechando a lista na décima posição, a chinesa Foton, que finalmente começou a produzir algumas unidades em linha de produção compartilhada com a Agrale em Caxias do Sul (RS), emplacou apenas 12 caminhões no primeiro semestre, resultado quase 30% mais baixo que o do mesmo intervalo de 2016, e assim permanece com ínfima participação de mercado no Brasil de 0,06%.

Fonte: AB
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BMW comemora 10 mil X1 para exportação

SUV começou a ser enviado para países do Nafta em junho de 2016

REDAÇÃO AB

X1 é exportado na versão xDrive 28i, com motor 2.0 de 240 cv
A fábrica brasileira do grupo BMW instalada em Araquari (SC) comemorou 10 mil unidades produzidas para exportação do modelo X1. Os carros para o exterior começaram a ser embarcados em junho de 2016. O objetivo era suprir os Estados Unidos e outros países que compõem o Nafta, Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

A versão do X1 montada para o exterior é a xDrive 28i, com motor 2.0 de quatro cilindros e 240 cavalos. “Estamos orgulhosos com esse resultado. Demonstramos que o Brasil tem plena capacidade para produzir os veículos do grupo tanto para o mercado interno quanto para outros países”, afirma o vice-presidente sênior da fábrica de Araquari, Carsten Stöcker.

Atualmente, além do BMW X1, a unidade catarinense monta para o mercado brasileiro o sedã Série 3 e os utilitários esportivos X3 e X4. A fábrica de Araquari recebeu cerca de R$ 930 milhões em investimentos desde sua fundação e ocupa um terreno de 1,5 milhão de metros quadrados. A capacidade instalada é de 36 mil unidades por ano.

Fonte: AB
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Vendas de usados avançam 9,7% no semestre

Mais de 5,2 milhões de veículos trocaram de dono no período, aponta Fenabrave

REDAÇÃO AB

O mercado de veículos usados segue com desempenho positivo: as vendas de janeiro a junho cresceram 9,7% na comparação com iguais meses do ano passado, de acordo com dados da Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias. Os dados mostram que mais de 5,25 milhões de veículos trocaram de dono nos seis primeiros meses deste ano contra as 4,78 milhões unidades verificadas em 2016.

Veja aqui os dados da Fenabrave
Veja aqui outros dados de emplacamentos
– Veja outras estatísticas em AB Inteligência

Todos os segmentos tiveram os volumes elevados: os leves tiveram aumento de quase 10%, para um total de 5,07 milhões de unidades, enquanto pesados chegaram a 187,6 mil unidades, alta de 6,7%.

O destaque vai para ônibus usados, que tiveram o maior índice de crescimento, 28,1%, indicando a transferência de 24,1 mil unidades. Os automóveis somaram 4,38 milhões de unidades usadas vendidas, volume 10,1% maior do que o apurado na primeira metade do ano passado.

As transferências de caminhões no primeiro semestre superaram as do ano passado em 4,1%, para 163,4 mil unidades. Já para comerciais leves, houve alta de 8,2%, para 685 mil.

Segundo a Fenabrave, foram vendidos em média quase 5 veículos usados para cada novo registrado no semestre. Ainda de acordo com a entidade, a venda de usados corresponde a 15% em média do faturamento total das concessionárias, sendo 60% composto com a venda de novos e 25% de pós-venda.

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Produção de veículos crescerá 21,5% no ano, prevê Anfavea

Montadoras elevam projeção impulsionada por alta das exportações

SUELI REIS, AB

Com as exportações de veículos beirando volume próximo ao recorde do setor (leia aqui), a produção de veículos também deverá elevar seus volumes no ano, o que levou a Anfavea a revisar as projeções de desempenho. Se antes as fabricantes trabalhavam com número de 2,41 milhões de unidades, considerando leves e pesados, conforme previsão divulgada em janeiro, o que representava crescimento de 11,9%, desta vez as montadoras apostam na entrega de 2,61 milhões, uma alta de 21,5% sobre o volume de 2,15 milhões do ano anterior.

Veja aqui os dados da Anfavea até junho
Veja aqui outros dados de vendas, exportações e produção
Veja outras estatísticas em AB Inteligência

“É um crescimento importante puxado naturalmente pelas exportações”, indica o presidente da Anfavea, Antonio Megale, na quinta-feira, 6, durante a apresentação do balanço do setor referente ao primeiro semestre.

Contudo, o volume de produção esperado para o ano não deverá despertar o que se poderia chamar de reação da indústria. Isto porque a capacidade instalada no Brasil beira os 5 milhões de unidades por ano, significando que hoje as montadoras trabalham com apenas metade de sua força de trabalho, resultando em 50% de ociosidade, sendo que para o setor de caminhões, este nível está em 80% “Ainda há um longo caminho a percorrer para chegar a níveis razoáveis [de ociosidade], que deve ser de 15%”, analisa.

Para o executivo, com esta nova previsão, a ociosidade deve baixar de 50% para 40% no fechamento do ano. Ele explica ainda que apesar das exportações estarem em alta, elas representam 30% da produção, sendo o mercado interno responsável pelo restante. “Embora o mercado tenha apresentado o primeiro sinal de reação, é um crescimento muito pequeno para reverter o quadro de alta ociosidade”, comenta.

Também por causa disso a indústria não espera elevar as contratações para dar conta das exportações, devendo apenas chamar de volta os trabalhadores afastados pelo PSE (Programa Seguro Emprego), o antigo PPE. Segundo a Anfavea, o setor encerrou junho com 9.754 pessoas no PSE e 2.788 em layoff, um total de 12.542 afastados. O setor contabiliza atualmente 121,6 mil empregados, 0,3% a menos do que em maio, revelando alguns ajustes. “Algumas empresas dispensaram, outras contrataram, com saldo de menos 300 postos de trabalho, mas este é um nível que julgamos adequado”, avalia Megale.

DESEMPENHO NO SEMESTRE

Ao longo dos primeiros seis meses do ano, as linhas de montagem entregaram pouco mais de 1,26 milhão de veículos, na soma de leves e pesados, volume 23,3% superior ao de mesmo período do ano passado. Este foi o melhor primeiro semestre desde 2015 em termos de produção. O aumento das atividades se deve à forte alta das exportações, mas também ao mix de produtos, explica Megale: “Houve uma ligeira mudança entre importados e produtos locais: a participação dos importados pelas montadoras caiu dois pontos porcentuais [de 10,3% para 10,1%]”.

Em todos os segmentos houve acréscimo de volumes no período: nos leves, o incremento foi de 23,7%, para 1,21 milhão de unidades, das quais 1,05 milhão de automóveis e 159,9 mil comerciais leves, alta de 25,4% e 13,2%, respectivamente. Nos pesados, a produção de caminhões subiu 15,3%, para 36 mil unidades, e a de ônibus se elevou em quase 8%, para quase 10 mil chassis.

Com isto, o estoque encerrou junho em 222,7 mil veículos, sendo 146,7 mil nas redes de concessionárias e 76 mil nos pátios de montadoras.

“Fechamos em um nível estável de 34, 35 dias [de vendas], considerando a média diária de junho, o que na nossa visão é um nível adequado, mas com as fábricas naturalmente ajustando para manter o ideal, que é de 30 dias”, explica Megale.

Fonte: AB
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Vendas de veículos crescem 4,2% no primeiro semestre

Maior velocidade do crescimento pode indicar recuperação do setor

JOEL LEITE, PARA AB

Pela primeira vez desde 2013 as vendas de veículos fecharam em alta no primeiro semestre do ano. Foram vendidos 991.573 automóveis e comerciais leves de janeiro a junho, o que representa um crescimento de 4,2% em relação ao primeiro semestre de 2016, quando foram vendidas 951.198 unidades.

Embora pequeno, o aumento é importante porque pode indicar a esperada retomada do crescimento, uma vez que no acumulado até maio as vendas subiram 2,2% (leia aqui). O crescimento vem se cristalizando nos últimos três meses, indo além da perspectiva traçada pela Anfavea, a associação dos fabricantes, que previa estabilidade no primeiro semestre e aumento apenas a partir de julho.

O desempeno da GM foi excepcional no semestre. Além de manter uma folgada liderança de vendas, a montadora fechou o período com um crescimento de 11,6% e 175.824 unidades. Destaque também para a Ford, que cresceu 15,8% (93,5 mil unidades) e recuperou a quarta posição no ranking, uma vez que a Hyundai, quarta colocada no ano passado, perdeu 2,8% no semestre.

A Fiat recuperou a segunda posição, mas vendeu 6,1% a menos do que no primeiro semestre do ano passado (134.994) e a Volkswagen, terceira colocada, perdeu 1,4% (124.929).

Toyota (sexta colocada com 87.767 unidades), Renault (sétima, com 73.436) e Honda (oitava, com 34.155), também aumentaram as vendas em relação ao primeiro semestre de 2016, mas em índices inferiores ao crescimento de 4,2% (veja tabela abaixo).

Já a Jeep e a Nissan tiveram crescimentos expressivos: a Jeep, nona colocada, vendeu 40.371 unidades, o que representa um aumento de 53,5%, e a Nissan cresceu 38,2%, com 34.155 unidades vendidas.

Suzuki (+17,3%), JAC (+17,9%) e Chery (+9,5%) também aumentaram as vendas no semestre, além das luxuosas Jaguar (+ 101,8%), Porsche (+37,5%) e Lexus (+21,8%) que tiveram aumentos expressivos no período. A Jaguar foi a marca que mais cresceu este ano.

Veja o ranking das 30 marcas mais vendidas e a evolução de vendas em relação ao primeiro semestre do ano passado:

Quem mais vendeu:

Quem mais cresceu:

Este texto foi originalmente publicado pela Agência AutoInforme.

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Receita Federal regulamenta o Programa Especial de Regularização Tributária (PERT)

A Receita Federal regulamentou, através da Instrução Normativa RFB nº 1711/2017, o Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), instituído pela Medida Provisória nº 783, de 31 de maio de 2017. O texto da Instrução Normativa foi publicado no Diário Oficial da União no dia 21/06/2017 e trata da implementação do programa para a renegociação de dívidas de empresas e pessoas físicas no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Em linhas gerais, o PERT prevê benefícios para a liquidação dos débitos perante a União Federal, possibilitando o parcelamento com prazo estendido, redução dos juros e multa,além da possibilidade de utilização de créditos de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da CSLL ou com outros créditos próprios relativos a tributo administrado pela RFB.

Conforme a IN RFB nº 1711/2017, podem ser liquidados débitos vencidos até 30.04.2017, constituídos ou não, inclusive relativos à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),bem como aqueles provenientes de parcelamentos anteriores ou em discussão administrativa ou judicial, indicados pelo sujeito passivo, ou provenientes de lançamentos de ofício efetuados após 31 de maio de 2017, desde que o requerimento de adesão ao PERT se dê no prazo de 3 de julho até o dia 31 de agosto e o tributo lançado tenha vencimento legal até 30 de abril de 2017.

Não podem ser liquidados na forma do PERT os débitos apurados na forma do Simples Nacional e Simples Doméstico (empregados domésticos), os provenientes de tributos passíveis de retenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub-rogação, dos débitos devidos por pessoa jurídica com falência decretada ou pessoa física com insolvência civil decretada, os devidos pela incorporadora optante do Regime Especial Tributário do Patrimônio de Afetação, bem como dos débitos constituídos mediante lançamento de ofício, efetuado em decorrência da constatação da prática de crime de sonegação, fraude ou conluio.

Esta última vedação, relativa à inclusão de débitos constituídos mediante lançamento de ofício efetuado em decorrência da constatação da prática de crime de sonegação, fraude ou conluio, ou seja, sujeitos a multas qualificadas de 150%, foi vista com controvérsia pelos analistas. O texto da MP nº 766/17 proíbe a inclusão desses débitos quando houver “decisão administrativa definitiva”, ao passo que a IN RFB nº 1711/2017 veda a inclusão de tais valores em qualquer hipótese. Observa-se nitidamente que a regulamentação restringiu onde a norma superior não o fez, o que torna tal restrição questionável nos tribunais.

Pelo PERT, o contribuinte pode optar por uma das seguintes modalidades:

  1. I) pagamento à vista e em espécie de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem redução, em 5 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis de agosto a dezembro de 2017, e a liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Se houver saldo remanescente, possibilidade de pagamento em até 60 prestações no valor mínimo correspondente a 1/60 (um sessenta avos) do referido saldo;
  1. II) pagamento da dívida consolidada em até 120 prestações mensais e sucessivas;

III) pagamento à vista e em espécie de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem redução, em 5 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis de agosto a dezembro de 2017, e o restante:

  1. a) liquidado integralmente em janeiro de 2018, em parcela única, com redução de 90% dos juros de mora e 50% das multas de mora, de ofício ou isoladas;
  2. b) parcelado em até 145 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 80% dos juros de mora e de 40% das multas de mora, de ofício ou isoladas; ou
  3. c) parcelado em até 175 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 50% dos juros de mora e de 25% das multas de mora, de ofício ou isoladas, sendo cada parcela calculada com base no valor correspondente a um por cento da receita bruta da pessoa jurídica, referente ao mês imediatamente anterior ao do pagamento, não podendo ser inferior a 1/175 (um cento e setenta e cinco avos) do total da dívida consolidada.

Se a dívida total, sem reduções, for igual ou inferior a R$ 15 milhões, ao optar pela terceira modalidade de liquidação, é possível: (i) a redução do pagamento à vista e em espécie para 7,5% da dívida consolidada em 5 prestações; e (ii) após a aplicação das reduções de multas e juros, a possibilidade de utilização de prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e outros créditos próprios relativos a tributos administrados pela RFB, com a liquidação do saldo remanescente, em espécie, pelo número de parcelas escolhidas.

O contribuinte também deve observar algumas questões: (a) o valor mínimo determinado para as parcelas será de R$ 200,00 para pessoa física e R$ 1.000,00 para pessoa jurídica; (b) o recolhimento será mensal e o valor relativo às parcelas será calculado de acordo com a modalidade pretendida; (c) o valor de cada prestação mensal será acrescido de SELIC acumulada 1% referente ao mês do pagamento.

A adesão ao PERT pode ser efetuada a partir do dia 3 de julho, quando a opção deverá estar disponível através de requerimento online no endereço http://rfb.gov.br. O contribuinte que já estiver em outros programas de refinanciamento, poderá, caso deseje, continuar nestes programas e aderir ao PERT, ou migrar os débitos dos outros programas para o PERT.

Há, inclusive, a possibilidade de migração dos débitos incluídos no PRT, da Medida Provisória nº 766/17, para o PERT. Trata-se de procedimento altamente recomendável, não apenas porque o PERT apresenta, para boa parte dos contribuintes, condições mais favoráveis para a regularização dos débitos federais, mas também porque os contribuintes que aderiram ao PRT correm o risco de ficarem num limbo jurídico. Isso em razão de que a MP nº 766/17 perdeu a validade no último dia 1° de junho e o projeto de Decreto Legislativo proposto para disciplinar as relações jurídicas decorrentes da medida provisória, em trâmite no Congresso Nacional, determina a rescisão dos parcelamentos firmados sob o PRT, ou seja, os contribuintes que aderiram ao PRT retornarão a ter os seus débitos em aberto, cabendo apenas pleitear-se a restituição dos valores pagos.

A adesão ao PERT implica em confissão irrevogável e irretratável dos débitos em nome do contribuinte e por ele indicados para liquidação na forma do Programa e na aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas na Instrução Normativa RFB nº 1711/2017. Na hipótese de inclusão no PERT de débitos que se encontrem em discussão administrativa ou judicial, deverá ser ainda promovida, previamente à adesão, a desistência das impugnações ou dos recursos administrativos e das ações judiciais que tenham por objeto os débitos que serão liquidados.

Além disso, ao aderir ao PERT o contribuinte deve cumprir uma série de obrigações, dentre elas; o dever de pagar regularmente as parcelas dos débitos consolidados no PERT e os débitos vencidos após 30 de abril de 2017, a vedação da inclusão dos débitos que compõem o PERT em qualquer outra forma de parcelamento posterior e o dever de pagar regularmente a contribuição destinada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Apenas os débitos em cobrança administrativa, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), estão abarcados pela Instrução Normativa RFB nº 1711/2017. Ainda se encontra pendente a regulamentação, por parte da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), da aplicação do PERT aos débitos inscritos em dívida ativa, o que deve ocorrer dentro dos próximos 30 dias.

QUEM PODE ADERIR Pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, inclusive a que se encontrar em recuperação judicial
DÉBITOS OBJETO DO PERT Débitos  vencidos até 30.04.2017, constituídos ou não, inclusive provenientes de parcelamentos anteriores ou em discussão administrativa ou judicial,  indicados pelo sujeito passivo Provenientes de lançamentos de ofício efetuados após 31 de maio de 2017, desde que o requerimento de adesão se dê no prazo de 3 de julho até o dia 31 de agosto e o tributo lançado tenha vencimento legal até 30 de abril de 2017 Débitos relativos à Contribuição  CPMF, aos quais não se aplica a vedação contida no art. 15 da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996
PRAZO E FORMA DE ADESÃO Requerimento online a partir do dia 3 de julho até o dia 31 de agosto, no endereço http://rfb.gov.br
MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO DOS DÉBITOS 1 – pagamento à vista e em espécie de, no mínimo, 20% (vinte por cento) do valor da dívida consolidada, sem redução, em 5 (cinco) parcelas, vencíveis de agosto a dezembro de 2017, e do restante com utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ou com outros créditos próprios relativos a tributo administrado pela RFB. Se houver saldo remanescente, possibilidade de pagamento em até 60 prestações no valor mínimo correspondente a 1/60 (um sessenta avos) do referido saldo 2 – pagamento da dívida consolidada em até 120 (cento e vinte) prestações mensais e sucessivas, calculadas mediante aplicação dos seguintes percentuais mínimos sobre o valor da dívida consolidada:                                  a) da 1ª (primeira) à 12ª (décima segunda) prestação: 0,4% (quatro décimos por cento);
b) da 13ª (décima terceira) à 24ª (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco décimos por cento);
c) da 25ª (vigésima quinta) à 36ª (trigésima sexta) prestação: 0,6% (seis décimos por cento); e
d) da 37ª (trigésima sétima) prestação em diante: percentual correspondente ao saldo remanescente, em até 84 (oitenta e quatro) prestações mensais e sucessivas
3 – pagamento à vista e em espécie de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada, sem redução, em 5  parcelas mensais e sucessivas, vencíveis de agosto a dezembro de 2017, e o restante:  a) liquidado integralmente em janeiro de 2018, em parcela única, com redução de 90% dos juros de mora e de 50% das multas de mora, de ofício ou isoladas;
b) parcelado em até 145 (cento e quarenta e cinco) parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 80% dos juros de mora e de 40%  das multas de mora, de ofício ou isoladas; ou
c) parcelado em até 175 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 50% dos juros de mora e de 25% das multas de mora, de ofício ou isoladas, sendo cada parcela calculada com base no valor correspondente a 1% da receita bruta da pessoa jurídica, referente ao mês imediatamente anterior ao do pagamento, não podendo ser inferior a 1/175 do total da dívida consolidada.
Se a dívida total, sem reduções, for igual ou inferior a R$ 15 milhões, é possível: (i) redução do pagamento à vista e em espécie para 7,5% da dívida consolidada em 5 prestações; e (ii) após a aplicação das reduções de multas e juros, a possibilidade de utilização de prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e outros créditos próprios relativos a tributos administrados pela RFB, com a liquidação do saldo remanescente, em espécie, pelo número de parcelas escolhidas.
VALOR MÍNIMO DE PARCELA R$ 200,00 para pessoa física e R$ 1.000,00 para pessoa jurídica.
HIPÓTESES DE EXCLUSÃO 1. Falta de pagamento de 3 parcelas consecutivas ou 6 alternadas; ou de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas  2. a falta de pagamento de 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais. .3.Constatação de atos tendentes a esvaziamento patrimonial.
4. Decretação de falência da pessoa jurídica ou liquidação da sociedade.  5. a concessão de medida cautelar fiscal. 6. Declaração de inaptidão do CNPJ.
7. Descumprimento do dever de pagar regularmente os débitos vencidos após 30.04.2017 e a regularidade com as obrigações perante o FGTS por três meses consecutivos ou seis alternados.

 

Fonte: Aristóteles Moreira Advogados

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Com CVT, Renault quer dobrar venda do Captur

Versão 1.6 com a nova transmissão custa a partir de R$ 84,9 mil

PEDRO KUTNEY, AB | De Niterói (RJ)

Com o bem equilibrado conjunto de motor 1.6 de 120 cavalos e câmbio automático tipo CVT (sigla em inglês para transmissão continuamente variável) que passa agora a integrar a gama do Captur no País, a Renault espera mais que dobrar as vendas do SUV, lançado em fevereiro passado só com a opção 1.6 manual ou com o ultrapassado e beberrão 2.0 automático de quatro velocidades. A direção da Renault no Brasil avalia que daqui para frente o Captur 1.6 SCe X-Tronic CVT será responsável por 60% das escolhas dos clientes pelo modelo, fazendo a versão 2.0 baixar dos atuais 60% para 20% e a 1.6 manual de 40% para 20%. No total, a projeção é que a nova oferta da gama faça o conjunto dos emplacamentos do Captur crescer de mil por mês registrados desde o lançamento há três meses para algo em torno de 2 mil/mês.

“A nossa linha de produtos está trazendo bons resultados este ano. De janeiro a maio conseguimos avançar 0,1 ponto (porcentual) a participação de mercado da marca, que foi de 7,3% contra 7,2% no mesmo período do ano passado. Esperamos crescer mais agora com o Captur CVT e dobrar as vendas do modelo no País”, diz o recém-chegado colombiano Alejandro Botero, vice-presidente comercial da Renault do Brasil, que agora ocupa o cargo deixado no início do ano por Gustavo Schmidt, que se transferiu para a Volkswagen.

Segundo números da Renault, o Captur já cumpre seu papel de atrair novos clientes. Até agora, metade dos compradores do SUV não pensavam antes em ter um Renault e apenas 5% deles tinham a intensão de comprar o Duster – o outro SUV da marca no País, sobre a base do qual o Captur nacional foi desenvolvido (leia aqui). “Isso mostra que praticamente não houve canibalização (do Captur sobre o Duster) e que expandimos nossa base de clientes”, afirme o argentino Federico Goyret, diretor de marketing também recém-chegado ao Brasil para substituir Bruno Hohmann, em março expatriado para comandar a operação da Renault na Holanda, logo após o lançamento do Captur.

PREÇOS

Com a chegada da versão CVT, a Renault calibrou os preços da gama do Captur para concorrer com Jeep Renegade, Honda HR-V, Hyundai Creta e o “irmão” de Aliança Nissan Kicks, com quem divide o mesmo powertrain.

Foi mantido na tabela o valor de R$ 78.900 da versão de entrada Zen 1.6 com câmbio manual, mas a opção topo de linha Intense 2.0 automático passou dos R$ 88.490 anunciados no lançamento para R$ 91.900, porque agora só é oferecida completa com a incorporação de pintura bi-tom e bancos revestidos em couro.

O valor do Captur Intense 2.0 AT foi empurrado para cima para encaixar entre a opção de entrada e topo os preços das versões 1.6 automáticas, a começar pela Zen 1.6 CVT por R$ 84.900 e a Intense 1.6 CVT por R$ 88.400 – ou seja, o Captur 1.6 CVT mais caro tomou o lugar que antes era do 2.0 AT.

As duas versões CVT do Captur são bem equipadas, incluindo direção eletro-hidráulica, acionamento elétrico de vidros, travas e retrovisores, ar-condicionado (digital automático no Intense), quatro airbags (frontais e laterais), controle de estabilidade (ESP da Bosch) e tração, controle de velocidade de cruzeiro, rodas de liga leve de 17 polegadas (diamantadas na opção mais cara), chave-cartão com sensor de aproximação (keyless) e sistema de som. A versão Intense acrescenta de série sensores crepuscular e de chuva, faróis de neblina LED com direcionamento e o sistema multimídia MediaNav com navegador por GPS e câmera de ré – que custa R$ 2,5 mil como opcional no Zen 1.6. A pintura bi-tom com teto em cor diferente aumenta R$ 1,4 mil no preço.

SOLUÇÃO ACERTADA

“Este câmbio CVT é o que melhor representa a amplitude da Aliança Renault-Nissan, com mais de 1 milhão de caixas como esta vendidas no mundo (em carros das duas marcas)”, lembrou Goyret, ao destacar as vantagens da aplicação da solução em veículos. Segundo ele, o Captur CVT mostra-se 3,5% mais econômico na estrada do que o equipado com transmissão manual, e “gasta apenas 3% mais em uso urbano, o que pode ser considerado bom em comparação com o automático”. Com apenas duas polias continuamente variáveis em diâmetro, que transmitem a força do motor às rodas no lugar das engrenagens de uma caixa de câmbio tradicional, o CVT simula até seis velocidades mas é mais confortável ao não transmitir os pequenos trancos das trocas de marchas. Também é 10% menor do que uma caixa automática e 13% mais leve, o que beneficia o consumo.

O CVT X-Tronic da Aliança Renault-Nissan traz ainda uma evolução em relação ao CVT tradicional: a cinta metálica que corre entre as duas polias variáveis não precisa ser banhada em óleo, recebe apenas um spray de lubrificante, o que reduz o arrasto do conjunto e, por consequência, deixa o motor trabalhando mais “solto”, com melhor desempenho e economia de combustível. Em uma volta com o Captur CVT pela orla de Niterói, o modelo mostrou um conjunto bem ajustado, silencioso, com desempenho bastante confortável para o uso urbano (não houve test-drive em estrada), sem engasgos ou morosidade nas retomadas. Esta opção pareceu bem melhor do que o cansado conjunto motor 2.0 com transmissão automática de quatro marchas.

Apesar do powertrain antiquado e pouco eficiente, a Renault continuará a vender a versão automática 2.0 do Captur. “Existem clientes que fazem questão da potência maior de quase 150 cavalos e por isso queremos oferecer esta opção”, justifica Goyret. Segundo ele, a caixa CVT não é compatível com o motor de 2 litros, por isso não será possível adaptar a solução no Captur topo de linha, que só passará por atualizações mecânicas no futuro, segundo o diretor de marketing. Mas a caixa continuamente variável da Aliança Renault-Nissan deverá ser aproveitada em outro modelo da linha Renault no Brasil: ainda este mês as versões 1.6 do Duster deverão ganhar a opção CVT.

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Por que os carros estão perdendo o marcador de temperatura?

Correio Técnico: as dúvidas dos leitores respondidas pela QUATRO RODAS

A Volkswagen ainda preserva o marcador de temperatura do arrefecimento. Na foto, o quadro de instrumentos do Gol (Marco de Bari/Quatro Rodas)

“Por que os carros mais recentes (como Chevrolet Onix e Honda Fit) não possuem o marcador de temperatura de água? Seria apenas uma redução de custos?” – Adriano Guimarães, São José dos Campos, SP.

Ver um carro atual (com a manutenção em dia, claro) com motor fervendo se tornou evento raro. Há pelo menos 20 anos, as fabricantes conseguiram controlar a temperatura do motor, seja pelo sistema de arrefecimento, seja pela adição de aditivo (etilenoglicol, para ser mais exato) ao fluido que circula pelo radiador e bloco do motor.

Do ponto de vista das montadoras, o trabalho dos engenheiros teria dado tão certo que marcadores de temperatura já não seriam tão necessários. Termômetros analógicos estão cada vez mais raros. Quando muito, há um indicador digital no computador de bordo. Mas a tendência é substituir ambos por uma luz espia – uma alternativa obviamente mais barata que um termômetro com escala gradual.

Portanto, ainda há um marcador de temperatura do líquido de arrefecimento – que pode até chamar mais atenção que um ponteiro correndo para a faixa vermelha. Teoricamente, a lampadinha só vai acender se a situação realmente esquentar dentro do motor.

Na prática, porém, nem sempre isso funciona. No ano passado, a luz espia do Ford Ka testado no Longa Duração acendeu tarde demais. “Encostei assim que o alerta acendeu, desci do carro e notei que já havia vapor d’água saindo pelos vãos do capô. Com cuidado para não me queimar, abri a tampa dianteira e vi que a água também escapava pela mangueira superior do tanque de expansão do sistema de arrefecimento”, disse o editor Ulisses Cavalcante à época.

No caso do Ka, a culpa do motor fervendo foi de um fusível subdimensionado. Falha rendeu recall branco (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

Na época, consideramos que a falta de um termômetro (ausente no Ford Ka desde a primeira geração, de 1997) foi crucial para que o carro ficasse parado na estrada – quando a luz se acendeu, não havia mais o que ser feito.

Mas não vá pensando que todos os termômetros analógicos ou digitais mostram a temperatura real. Na maioria deles, há um filtro que só permite que o ponteiro se movimente quando houver anomalia no arrefecimento. O líquido pode estar a 80°, 85° ou mesmo 95°, mas o ponteiro estará imóvel em 90°. Isso evita que alguns proprietários procurem por uma concessionária desesperados, por nada.

Considerações técnicas à parte, o futuro do marcador de temperatura parece fadado a uma das opções de tela em automóveis equipados com computador de bordo, fora do layout básico dos painéis de instrumentos. Normal. Ou você também sente falta de manômetro de óleo, voltímetro e vacuômetro atrás do volante?

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Toyota afirma não ter planos de trazer o C-HR para o Brasil

Produção mundial do SUV está comprometida com outros mercados; Brasil pode esperar a versão híbrida

Chances de o Toyota C-HR vir para o Brasil são remotas em um futuro próximo (Divulgação/Toyota)

Steve St. Angelo, CEO da Toyota para a América Latina, afirmou para a QUATRO RODAS durante o Salão de Buenos Airos que o Toyota C-HR não deve vir para o Brasil este ano, nem em 2018.

O executivo reconheceu a importância do segmento de SUVs compactos, mas justificou que no momento a matriz priorizou investimentos em outros mercados.

“A produção já está totalmente direcionada e teríamos que tirar unidades de outros mercados para atender ao nosso. Não temos essa possibilidade”, diz o executivo.

Toyota C-HR Hybrid (Divulgação)

Por aqui, o C-HR precisaria ter motor 2.0 a combustão, configuração atualmente oferecida nos Estados Unidos. Aquele mercado é atendido pela fábrica localizada na Turquia. Esta planta é a única a fabricar o crossover no planeta, e hoje opera em sua capacidade máxima.

Apresentado em 2016, além dos Estados Unidos, o C-HR é comercializado na Ásia, Austrália e Europa.

Cabine traz desenho minimalista e bom nível de acabamento (Divulgação/Toyota)

Quando questionado sobre a viabilidade de produzir o utilitário-esportivo no Brasil, mais uma vez o presidente da Toyota descartou as chances. “Nesse caso, o investimento na fábrica seria muito elevado e não teríamos volume suficiente de vendas”, afirma.

Discretamente, o C-HR de série foi exibido apenas no site da Toyota

Discretamente, o C-HR de série foi exibido apenas no site da Toyota (Divulgação/Toyota)

Em vez de eliminar qualquer possibilidade de o C-HR vir para o Brasil, Steve St.Angelo disse que provavelmente o modelo chegaria na versão híbrida. E cumpriria inicialmente uma função mercadológica semelhante à do Prius, um carro de imagens, mas com vendas tímidas.

O C-HR utiliza a plataforma TNGA, a mesma do Prius e que também será utilizada na próxima geração do Corolla, que deve ser lançada em 2020. Os três modelos também compartilharão o mesmo conjunto mecânico híbrido. Ou seja: a médio-longo prazo, fabricar a plataforma TNGA no Brasil será quase obrigatório.