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Onix melhora desempenho em testes de colisão

Modelo que havia recebido a pior nota agora leva três estrelas do Latin NCAP

REDAÇÃO AB

Onix, fabricado pela GM no Brasil, melhorou seu desempenho nos testes de colisão ao receber três das cinco estrelas possíveis do Latin NCAP, Programa de Avaliação de Veículos Novos para América Latina e Caribe, cujos resultados foram publicados na terça-feira, 23, junto com os de Volkswagen Virtus, que recebeu nota máxima em segurança (leia aqui). O modelo da Chevrolet, que foi o mais vendido no País em 2017, havia encerrado o ano com uma mancha nada boa para um líder de vendas: em teste realizado em maio, recebeu a pior possível no crash test lateral do programa (leia aqui). Desta vez, o desempenho do carro lhe permitiu uma nota mediana para ocupantes adultos e também para ocupantes infantis (veja vídeo abaixo).

Segundo o relatório do Latin NCAP, a GM decidiu melhorar o Onix e patrocinar uma nova avaliação do modelo em 2018. Vale lembrar que testes patrocinados são quando a própria montadora oferece o carro para o crash test. Conforme as regras de patrocínio, o carro é escolhido aleatoriamente por representante do Latin NCAP e a montadora arca com os custos. No resultado, há expressamente observado que o Onix melhorado ganhou reforços estruturais e elementos de absorção nas portas, ajudando no melhor desempenho diante de um impacto lateral. Tais melhorias foram implementadas na produção a partir de 15 de janeiro deste ano (a partir do chassi VIN 9BGKS48U0JG313644) e foi um desses exemplares que a GM entregou para novo teste.

Além disso, o Onix passou a contar com ancoragens Isofix, para assentos de crianças, e um novo cinto de segurança para o motorista. A proteção para os ocupantes adultos conseguiu alcançar, apenas, as três estrelas, apresentando uma proteção fraca para o peito do adulto no impacto frontal e no lateral. A proteção para crianças mostrou um resultado com proteção marginal no teste de impacto frontal no dummy (boneco) de três anos. O Onix conta ainda com um cinto pélvico (dois pontos) somente no banco traseiro central. O Latin NCAP alerta a Chevrolet a fim de que melhore a proteção oferecida por esse modelo para garantir desempenhos aperfeiçoados no futuro.

“As melhoras do Onix são uma importante notícia para nosso mercado. É alentador ver como os fabricantes de automóveis levam em frente essas melhorias tão relevantes”, disse em comunicado o secretário geral do Latin NCAP, Alexandre Furas.

“Iniciar o ano com esses resultados é muito alentador. Os fabricantes querem mostrar que podem produzir veículos com bons níveis de segurança e, também, melhorar uma qualificação ruim nos testes do Latin NCAP. É demonstrado, mais uma vez, que os desempenhos, sejam bons, sejam ruins, divulgam resultados positivos, impulsionando o mercado a aperfeiçoar a segurança dos veículos” acrescentou o presidente da comissão diretora do Latin NCAP, Ricardo Morales.

O executivo informa que os próximos resultados do programa serão divulgados em março.

Fonte: AB
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Volkswagen quer Virtus na liderança dos sedãs compactos

Preços começam em R$ 60 mil e podem superar os R$ 85 mil com opcionais

PEDRO KUTNEY, AB

Volkswagen já tinha apresentado no fim do ano passado as características técnicas e qualidades de seu novo sedã, o Virtus (leia aqui), faltava saber preços e ambições de mercado, divulgados agora com o lançamento oficial do modelo que começa a ser vendido na última semana deste mês. A três versões MSI 1.6, Confortline e Highline 200 TSI (estas duas equipadas com o motor três-cilindros 1.0 turbinado) vão custar, respectivamente, R$ 60 mil, R$ 73,5 mil e R$ 80 mil, mas a tabela supera os R$ 85 mil com a inclusão de opcionais. Com esses valores e uma boa oferta de espaço, conforto, eficiência e tecnologia, a fabricante espera liderar o segmento de sedãs compactos no País, o que significa atualmente vender mais de 2 mil unidades por mês, com a expectativa de que 80% das compras sejam das duas opções mais caras.

Apesar de o Virtus ter o mesmo tamanho de outro sedã Volkswagen, o Jetta, classificado como carro médio para os padrões brasileiros, os executivos da fabricante projetam pouca canibalização de modelos da própria marca – até porque o novo Jetta lançado este mês no Salão de Detroit é maior do que o atual e assim deve se diferenciar do irmão menor. Se essa visão estiver correta, o Virtus poderá acrescentar em torno de 25 mil unidades às vendas da VW este ano, o que poderia tornar a marca novamente vice-líder do mercado brasileiro, caso a Fiat não tenha melhor reação com o Cronos – embora pouco menor, concorrente direto do Virtus que chega às revendas em fevereiro.

FAIXA AMPLA

O Virtus trafega no Brasil na obscura categoria de sedãs compactos criada pela Fenabrave, a associação nacional dos concessionários, que ao classificar os veículos considera muito mais seus preços e motorização do que o tamanho. Por esse critério, sem opção de motorização 1.0 e com valores intermediários, o novo carro da Volkswagen está encaixado entre os sedãs pequenos e médios, junto com cinco outros modelos liderados até agora por ampla margem pelo Chevrolet Cobalt e Honda City. “Por suas características, o Virtus vai atravessar segmentos, deverá concorrer tanto com compactos como carros maiores como o (Toyota) Corolla, por exemplo”, avalia Pablo Di Si, presidente da Volkswagen do Brasil e América do Sul.

Isso quer dizer que o Virtus deverá atuar em faixa de mercado bem mais ampla do que sua própria categoria de sedãs compactos, que em 2017 representou apenas 2% das vendas de automóveis no Brasil, com 40,2 mil unidades emplacadas de seis modelos. Se juntar com sedãs pequenos e médios, o segmento aumenta consideravelmente para cerca de um quarto dos emplacamentos no País, considerando 470 mil no ano passado.

PROJETO BRASILEIRO

O Virtus é o segundo dos 20 lançamentos de veículos completamente novos (sem incluir versões) prometidos pela Volkswagen na América do Sul até 2020, mas é o primeiro carro desenvolvido pela engenharia brasileira sobre uma plataforma global do Grupo VW, a MQB – a mesma sobre a qual já são montados aqui Polo e Golf, mas esses são projetos originados da Alemanha. O Virtus é um derivado do hatch Polo, mas no momento é fabricado só no Brasil, na planta Anchieta em São Bernardo do Campo (SP), a mais antiga da VW fora da Europa, que recentemente recebeu investimento de R$ 2,6 bilhões para produzir modelos sobre a plataforma MQB.

O visual do novo sedã, assim como o do Polo, nasceu das mãos de dois brasileiros, os irmãos gêmeos Marcos e José Pavone, o primeiro chefe de design da Volkswagen na Alemanha e o segundo também chefe da área na subsidiária brasileira da empresa. É um desenho “limpo e elegante”, sem exageros e agradável ao olhar.

O Virtus tem entre-eixo (2,65 metros) maior que o do Polo e seu comprimento total de 4,48 m o coloca em igualdade de espaço com muitos sedãs médios. O resultado é bastante conforto interno para quatro pessoas e um amplo porta-malas de 521 litros.

Assim como o Polo, o Virtus ganhou classificação de cinco estrelas, a máxima, nos testes de colisão do Latin NCAP (leia aqui), o que o coloca entre os carros mais seguros vendidos na América Latina. Além da estrutura reforçada com aços de alta resistência, o modelo vem de fábrica com quatro airbags, frontais e laterais, que se combinam bem aos cintos de segurança dianteiros com pré-tencionador, além de freios a disco nas quatro rodas com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica de frenagem). Os assentos traseiros têm sistema de fixação de cadeiras infantis tipo Isofix. As duas versões de topo 200 TSI têm controle eletrônico de estabilidade (ESC) e de tração incluídos no preço básico, e a opção de entrada MSI 1.6 pode ter o equipamento como opcional.

Todas as versões vêm equipadas com direção elétrica, ar-condicionado, acionamento elétrico de vidros, retrovisores e travas, suporte no painel para fixação de celular com entrada USB para recarga, além de sistema de som de quatro alto-falantes com rádio AM/FM, conexão Bluetooth e entradas USB, cartão SD e auxiliar.


Versão mais completa do Virtus Highline, com todos os opcionais, inclui o quadro de instrumentos digital configurável e o sistema de infoentretenimento Discovery Media com tela tátil de 8”

PREÇOS

• VIRTUS MSI: R$ 59.990
Motor EA 211 de alumínio, 4C, 1,6 litro, aspirado, injeção eletrônica multiponto indireta, flex (etanol/gasolina E22), 116/110 cv e torque 155/162 Nm a 4.000 rpm; câmbio manual de cinco marchas; consumo Inmetro 11,9/13,8 km/l (gasolina E22) e 8,2/9,5 km/l (etanol) nos ciclos cidade/estrada; rodas de aço 15”
PACOTES OPCIONAIS
Connect Pack (R$ 2.950): central multimídia “Composition Touch” com tela 6,5”, volante multifuncional, computador de bordo, rodas de liga leve 15”, sensor de estacionamento traseiro e controles eletrônicos de estabilidade (ESC) e de tração (SSR) com bloqueio de diferencial e assistente de partida em aclive (HHC).
Safety Pack (R$ 1.050): controles eletrônicos de estabilidade (ESC) e de tração (SSR) com bloqueio de diferencial e assistente de partida em aclive (HHC)

• VIRTUS CONFORTLINE 200 TSI: R$ 73.490
Motor EA 211 de alumínio, 3C, 1,0 litro, turboalimentado, injeção direta, flex (etanol/gasolina E22), 128/115 cv e torque 200/162 Nm a 3.500 rpm; câmbio automático de seis marchas; ESC/SSR de série; consumo Inmetro 11,2/14,6 km/l (gasolina E22) e 7,8/10,2 km/l (etanol) nos ciclos cidade/estrada; sistema de infoentretenimento “Composition Touch” 6,5”; rodas de liga leve 15”
PACOTES OPCIONAIS
Tech 1 (R$ 2.200): acesso sem chave e partida por botão, controle de velocidade de cruzeiro, sensor de estacionamento dianteiro, retrovisor interno antiofuscante, rodas liga leve 16”, sensores crepuscular e de chuva, aletas para trocas de marcha no volante
Tech 2 (R$ 3.500): além dos itens do pacote Tch 1, adiciona indicador de pressão dos pneus, porta-malas com ajuste de espaço, ar-condicionado digital, câmera de ré, detector de fadiga, frenagem pós-colisão e porta-luvas refrigerado

• VIRTUS HIGHLINE 200 TSI: R$ 79.990
Mesmo powertrain, consumo e equipamentos da versão Confortline, adicionando de série acesso sem chave e partida por botão, controle de velocidade de cruzeiro, rodas liga leve 16”, ar-condicionado digital e luz de condução diurna em LED
PACOTES OPCIONAIS
High (R$ 3.300): sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, porta-malas com ajuste variável de espaço, detector de fadiga, frenagem pós-colisão, retrovisor interno antiofuscante, porta-luvas refrigerado, sensores crepuscular e de chuva, quadro de instrumentos digital configurável (Active Info Display), sistema de infoentretenimento Discovery Media com tela tátil de 8”
Couro Native (R$ 800): revestimento de bancos e laterais
Rodas 17” (R$ 1.200): rodas de liga leve 17” com desenho exclusivo
Space Pack (R$ 300): banco rebatível do passageiro dianteiro para acomodar objetos compridos

Para todas as versões do Virtus, a única cor sem cobrança adicional é preto sólido; a Volkswagen cobra R$ 450 por vermelho ou branco sólidos e R$ 1.450 pelas demais cores metálicas

Assista abaixo entrevista exclusiva da ABTV com Pablo Di Si, presidente da Volkswagen Brasil e América do Sul

Fonte: AB
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Transações de Usados crescem em 2017

As transações de veículos usados, considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), apresentaram crescimento de 6,36% em 2017, no comparativo com 2016. Ao todo, foram registradas 14.190.442 transferências em 2017, ante as 13.341.930 feitas no ano anterior, de acordo com os dados apresentados pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, nesta quinta-feira, 4 de janeiro.

Na comparação entre dezembro e novembro de 2017, o crescimento foi de 15,18%. Contudo, se comparado com dezembro de 2016, o  resultado geral de transações de usados, no último mês do ano, apresentou retração de 3,02%.

Considerando apenas o segmento de automóveis e comerciais leves,  as transações, no acumulado do ano, somaram 10.730.763 unidades,  alta de 7,21% na comparação com 2016. Em dezembro, as transferências de automóveis e comerciais leves usados  apresentaram crescimento de 15,97% na comparação com o mês anterior, somando 1.016.018 unidades, contra 876.111 em novembro. Em relação a dezembro de 2016, houve  queda de 2,19% nas transações destes veículos.

De acordo com a FENABRAVE, o mercado de veículos usados se  mostrou estável. “O ano de 2017 foi marcado pela  baixa oferta de veículos seminovos e pelo grande número de operações de ‘troca com troco’. Para 2018, a expectativa é de continuidade do crescimento deste mercado, que vem se mostrando maduro nos últimos anos”, ressaltou Assumpção Júnior.

Do total de automóveis e comerciais leves negociados, os usados (de 1 a 3 anos de fabricação) representaram 17,79% do total do volume de dezembro e 15,12% do acumulado do ano.

Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de emplacamentos de veículos USADOS para cada segmento automotivo:

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Mais informações à imprensa:

MCE Comunicação Empresarial
Contatos: Rita Mazzuchini (Mtb 22128)
E-mails: rita@mcepress.com.br, maira@mcepress.com.br daniela.eventos@fenabrave.org.br
Tels.: (11) 5582-0049 ou 2577-6533

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Impressões: Kia Stonic chega ao Brasil em 2018

Feito no México, derivado do hatch Rio tem o tamanho certo para encarar os SUVs compactos de menor porte

Apostando no visual, ele pode ser uma das opções mais baratas do segmento

Apostando no visual, ele pode ser uma das opções mais baratas do segmento (Divulgação/Kia)

A Kia tem uma ampla gama de SUVs pelo mundo: KX3, Sportage, Sorrento, Mohave. Não satisfeita, ela decidiu fazer mais um. Em setembro deste ano, apresentou o Stonic, um SUV que tem porte ligeiramente menor que o do KX3, até agora seu menor SUV, para brigar no segmento de Jeep Renegade e outros.

O Stonic tem 4,14 m de comprimento, enquanto o KX3 mede 4,48 m e o Renegade, 4,23 m. Da mesma forma que outros SUVs compactos, o Stonic é derivado de um hatch, no caso, o Kia Rio, que, por sua vez, usa a mesma plataforma do Creta, Soul, i30, Elantra e cee’d.

Stonic virá da nova fábrica da Kia no México

Stonic virá da nova fábrica da Kia no México (Divulgação/Kia)

As coincidências não param por aí: assim como o Rio será vendido no país a partir do primeiro trimestre de 2018, o Stonic também entra nos planos da Kia para o Brasil no próximo ano.

Mas seu desembarque deve ocorrer um pouco mais tarde: no segundo semestre. Rio e Stonic virão da nova fábrica da Kia no México.

O nome Stonic é resultado da junção das palavras Speedy (veloz) e Tonic (tônico), o que tem a declarada intenção de definir o carro como algo estimulante, vigoroso. Seu estilo, de fato, passa a imagem de veículo ágil e robusto com as caixas de rodas bem marcadas e as colunas dianteira e traseira inclinadas.

Na dianteira, a grade segue a identidade criada pelo alemão Peter Schreyer, que chegou à empresa em 2006. Na traseira, as lanternas remetem ao Sportage.

De tão inclinadas, as colunas dianteira e traseira reduzem a área do teto

De tão inclinadas, as colunas dianteira e traseira reduzem a área do teto (Divulgação/Quatro Rodas)

Acabamento de plástico preto circunda toda a parte inferior

Acabamento de plástico preto circunda toda a parte inferior (Divulgação/Kia)

Por dentro, o painel é limpo e tem visual familiar aos donos de Kia, com diversos elementos como volante, botões e mostradores compartilhados com outros modelos da linha.

Também não há surpresas no que diz respeito ao acabamento de construção sólida e diversos elementos, mas tudo feito com plásticos duros, menos agradáveis ao toque – e mais permeáveis ao aparecimento de ruídos, com o avançar da idade do carro. O painel de instrumentos, com dois mostradores redondos, é clássico.

Pena que o visor do ar-condicionado continue com a cor âmbar do passado, que além do estilo ultrapassado dificulta a leitura.

Painel do Stonic é de plástico duro, mas a ergonomia é ótima

Painel do Stonic é de plástico duro, mas a ergonomia é ótima (Divulgação/Kia)

O espaço interno é confortável para cinco pessoas, desde que os ocupantes de trás tenham medidas medianas. E o motorista que tiver a expectativa de dirigir um SUV típico, sentado em posição elevada, pode decepcionar-se, visto que mesmo colocando o banco ajustável no ponto mais alto ainda não se consegue esse ponto de vista superior.

De qualquer modo, a posição de dirigir é boa. A visibilidade é garantida pela ampla área envidraçada à frente e pelos retrovisores atrás, uma vez que, assim como o Nissan Kicks, o Stonic tem colunas traseiras largas.

A ergonomia é digna de elogios porque tudo o que o motorista precisa está à mão, até os botões do ar-condicionado, no console.

SUV oferece apoio de braço entre os bancos da frente

SUV oferece apoio de braço entre os bancos da frente (Divulgação/Kia)

Stonic tem piso plano para o conforto dos que viajam atrás

Stonic tem piso plano para o conforto dos que viajam atrás (Divulgação/Kia)

Ao volante, o dinamismo sugerido pelo nome e pelo design não é tão grande assim na prática. O Stonic foi apresentado em três versões: 1.4 de 98 cv, 1.6 diesel de 108 cv e 1.0 turbo de 118 cv. Nós andamos na 1.0 turbo, equipada com câmbio manual de seis marchas, e sentimos falta de vigor nas reações.

Em baixas rotações, o motor até mostra certa vivacidade. Mas, naquelas situações em regimes medianos, em que é preciso fazer uma ultrapassagem, ele não tem o fôlego desejado. Segundo a fábrica, o Stonic 1.0 Turbo acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos, o que é um bom número.

Mas o melhor de tudo é que a versão vendida no Brasil deverá ter uma quarta opção de motor: a 1.6 16V flex, de 128/122 cv – a mesma do Rio (e duas versões de câmbio, manual e automática, sempre com seis marchas e tração 4×2 dianteira). Com esse motor, o Stonic deve ficar mais esperto.

Motor Turbo gera 118 cv

Motor Turbo gera 118 cv (Divulgação/Kia)

Segundo a fábrica, o SUV acelera de 0 a 100Km/h em 10,3 segundos

Segundo a fábrica, o SUV acelera de 0 a 100Km/h em 10,3 segundos (Divulgação/Kia)

No dia a dia, em razão de suas dimensões compactas, o SUV se torna fácil de manobrar. Sua direção se mostrou pouco comunicativa, mas em compensação é precisa e com peso adequado.

E se portou bem quando solicitada, absorvendo as irregularidades do piso sem precisar conter os movimentos laterais da carroceria, típicos dos SUVs, porque o centro de gravidade do Stonic é tão baixo quanto o de um hatch.

Porta-malas leva 332 litros, mas rebatendo o banco traseiro pode-se transportar até 1135 litros

Porta-malas leva 332 litros, mas rebatendo o banco traseiro pode-se transportar até 1135 litros (Divulgação/Kia)

A unidade avaliada era completa. Além do pacote básico de segurança (airbags, ESP, cintos de três pontos em todas as posições) e de conforto (ar-condicionado, volante multifuncional, computador de bordo, sistema de som), o Stonic trazia ainda central multimídia com tela de 7 polegadas e compatibilidade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, sistema GPS, câmera de ré, assistente de frenagem de emergência, detector de fadiga e teto preto.

A pintura do teto (e também das colunas dianteiras e dos retrovisores) em cor diferente é oferecida como item de personalização. Há cinco opções de cor: preto, verde, vermelho, laranja e branco para combinar com a carroceria.

Stonic trazia central multimídia com tela de 7 polegadas

Stonic trazia central multimídia com tela de 7 polegadas (Divulgação/Kia)

O pacote de itens inclui volante multifuncional

O pacote de itens inclui volante multifuncional (Divulgação/Kia)

Em Portugal, onde fizemos nossa avaliação (as fotos de divulgação foram feitas em Berlim, na Alemanha), o Stonic 1.0 Turbo básico é vendido a 16.430 euros, cerca de R$ 62.500.

No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$ 80.000 e R$ 90.000, uma vez que, vindo do México, ele não terá imposto de importação.

No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$80.000 e R$90.000

No Brasil, ele deve chegar na mesma faixa de preço dos rivais, entre R$80.000 e R$90.000 (Divulgação/Kia)

Veredicto

O Stonic é bonito e confortável, mas, apesar de ser um SUV, ele tem comportamento de um hatch.

FICHA TÉCNICA – KIA STONIC

  • Preço: R$ 65.000 (conversão direta em reais do preço em Portugal)
  • Motor: gas., diant., transv., 3 cil., 998 cm3, 12V, 71 x 84 mm, 10:1, 118 cv a 6.000 rpm, 17,3 mkgf de 1.500 a 4.000 rpm
  • Câmbio: manual, 6 marchas, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson(dianteira), eixo de torção (trastraseira)
  • Freios:  discos ventilados (dianteira), discos sólidos (traseira)
  • Direção: elétrica
  • Rodas e pneus: 205/55 R17
  • Dimensões: comprimento, 414 cm; largura, 176 cm; altura, 152 cm; entre-eixos, 258 cm; peso, 1.185 kg; tanque, 45 l; porta-malas, 332 l

 

Fonte: Quatro Rodas

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Vendas de veículos usados avançam 8,2% no ano

E em novembro transferências caem 2,1% na comparação com outubro

SUELI REIS, AB

O volume de vendas de veículosusadosavançou 8,2% em onze meses acumulados do ano, na comparação com mesmo período do ano passado, ao superar 10 milhões de unidades, na soma de leves e pesados, segundo dados divulgados pela Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias no Brasil. No resultado isolado de novembro, houve queda de 2,17% sobre o volume de outubro, que passou de 933,8 mil para 908,2 mil transferências.

– Veja aqui os dados de usados da Fenabrave
– Veja aqui outros dados de emplacamentos
– Veja outras estatísticas em AB Inteligência
Os dados indicam que para cada veículo novo vendido no período de janeiro a novembro deste ano, o mercado de usados movimentou 4,4 unidades, considerando o volume total de leves e pesados.

Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, o segmento de usados continua com viés de alta, apesar da retração verificada no mês passado, explicada pelo menor número de dias úteis com relação a outubro. Com isso, o executivo manteve as perspectivas para 2017: “As vendas de veículos usados devem encerrar o ano seguindo nossas projeções que crescimento, em torno de 7,5%, com relação a 2016.”

Entre os segmentos, todos apresentaram aumento das vendas no comparativo anual acumulado, sendo 8,3% nos leves, que passaram de 8,96 milhões para 9,71 milhões de unidades. Já os pesados, que inclui caminhões e ônibus, a alta é de 6,3%, de 337,9 mil para 359,3 mil.

Na categoria leve, os automóveis registram o maior volume de veículos que trocaram de dono, atingindo 8,4 milhões em onze meses, incremento de 8,5% no comparativo anual. Já os comerciais leves, com 1,3 milhão de unidades, registra alta de 6,6%.

Nos pesados, o destaque vai para o setor de ônibus, cujas transferências aumentaram 22,1% entre janeiro-novembro, para 44,1 mil unidades. No mesmo período, 315,2 mil caminhões trocaram de dono, 4,4% a mais do que em iguais meses do ano passado.

Fonte: AB
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Renault faz recall de cinco modelos no Brasil

Lista inclui novo Kwid e outros veículos montados em São José dos Pinhais

REDAÇÃO AB

A possibilidade de falhas, com risco de acidentes e até incêndio levou a Renault a fazer um recallpara 34,1 mil unidades de cinco modelos fabricados em São José dos Pinhais (PR), entre eles o novo Kwid. No caso desse compacto, a montadora percebeu dois problemas. Um deles é o possível vazamento por causa da posição como foi montado o tubo de combustível.

Esse recall envolve 16.798 unidades, fabricadas até 27 se setembro de 2017. O outro inclui 21.082 carros e decorre da possibilidade de surgirem trincas no sistema de freio, o que em situações extremas ocasionará ineficiência de frenagem ou travamento das rodas e perda de dirigibilidade. Nesse caso o chamado inclui os Kwid fabricados até 2 de novembro de 2017.

Nos Sandero, Logan, Duster e Duster Oroch, a Renault detectou a possibilidade de deterioração da mangueira de baixa pressão da direção hidráulica, com risco de vazamento de fluido e consequente dificuldade de esterçar o volante, o que leva à possibilidade de acidentes.

A convocação envolve 13.026 carros fabricados entre 29 de julho e 6 de outubro de 2016. Os reparos são todos gratuitos e o serviço deve ser agendado. Outras informações podem ser obtidas pelo 0800 055 5615 ou no site www.renault.com.br.

Veja abaixo a numeração (não sequencial) dos chassis envolvidos no recall:

Kwid: de HJ524902 a JJ999218;
Sandero: de GJ481357 a GJ549376 e de HJ246861 a HJ656295;
Logan: de GJ481363 a GJ516511 e de HJ246859 a HJ548486;
Duster: de HJ246871 a HJ547067;
Duster Oroch: de HJ246869 a HJ557912.

Fonte: AB
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SUV da Lamborghini terá painel mais simples que o do Polo

Interior do Urus foi revelado em fotos divulgadas nas redes sociais

O interior do Urus tem outras peças do Grupo Volkswagen, como o volante e controles do ar-condicionado já usados nos novos Audi (Reprodução/Instagram/@altdynamic/Instagram)

O segundo SUV da história da Lamborghini já começou a ser divulgado pela marca, mas coube ao perfil do Instagram @altdynamic revelar um dos maiores mistérios do utilitário: seu interior. As imagens mostram, sem surpresas, uma cabine que mistura diversos elementos de outros modelos do Grupo Volkswagen, proprietário da marca.

Mas chama a atenção o fato do Urus adotar a primeira geração do painel digital da empresa, ao invés de sua versão mais moderna, utilizada no Polo.

Na ocasião de lançamento do hatch, executivos da Volkswagen destacaram que o painel digital do Polo, chamado de Active Info Display, é uma evolução do Virtual Cockpit da Audi – este usado pelo Urus. A maior diferença, segundo a VW, é a opção de colocar imagens, como o mapa do GPS, integralmente na tela de TFT. Nos Audi – e, possivelmente, no Urus -, itens como velocímetro e conta-giros estão sempre aparentes.

Além de ter mais recursos, o painel do Polo (à direita) tem mais espaço para exibir as informações, por não ter cortes no topo e na base do TFT (Montagem/Divulgação/Instagram-Altdynamic/Internet)

É um detalhe pequeno e que certamente não reduzirá o luxo que o Urus deverá entregar. O sucessor espiritual do LM 002 adota a mesma base estrutural dos novos Audi Q7Porsche Cayenne e do Bentley Bentayga, chamada de MLB evo.

É possível que, ao contrário de seus “irmãos”, o Urus adote grandes quantidades de plástico reforçado com fibra de carbono, material do qual a Lamborghini tem vasta experiência. Há poucos detalhes sobre as motorizações, mas os rumores mais fortes indicam a adoção de um V8 biturbo com câmbio automático convencional e tração integral. Uma inédita versão híbrida também não está descartada.

O Lamborghini Urus será revelado em dezembro, com vendas previstas para o primeiro semestre de 2018 (Lamborghini/Divulgação)

Caso seja lançado no Brasil, o Urus deverá se posicionar na base da tabela, composta por diferentes versões do Huracan e Aventador. Mesmo assim, é pouco provável que ele custe menos de R$ 1,5 milhão, o que deixa o modelo com potencial para ser o SUV mais caro já vendido por aqui. A Lamborghini irá revelar o Urus no próximo dia 4 de dezembro.

 

Fonte: Quatro Rodas

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Seis equipamentos que o Novo Polo tem e o Golf não

Compacto recém-lançado custa menos e tem itens não encontrados no hatch veterano – nem como opcional

Polo e Golf

Mais recente, o Polo tem equipamentos que o Golf, mais caro e maior, não tem (João Mantovani e Leo Sposito/Quatro Rodas)

Lançado há pouco mais de um mês, o novo Volkswagen Polo começou a ser entregue aos primeiros compradores. É tão recente que seu projeto inclui tecnologias que nem mesmo o Golf – que será reestilizado apenas em 2018 – tem. Mesmo que a Volks esteja chamando o Polo de mini-Golf.

Quadro de instrumentos digital

Opcional da versão Highline, o Active Info Display é uma tela de 10,3 polegadas que faz as vezes de quadro de instrumentos. Ele exibe informações de condução, navegação, assistência e até mesmo dados da central multimídia Discover Midia.

Opcional para a versão Highline, de R$ 69.190, o quadro digital tem 10,25 polegadas com mostradores personalizáveis em 2D ou 3D (Divulgação/Volkswagen)

A comunicação entre os dois é feita por cabos de fibra ótica que somam 4 m. Pode-se alternar as telas de informação do quadro de instrumentos através de comandos no volante. E as informações exibidas nessas telas podem ser personalizadas pela central multimídia. É possível memorizar até três telas personalizadas.

Três entradas USB

Até o rádio com Bluetooth dos Polo mais básicos tem porta USB. Há mais uma atrás do suporte de celular (Divulgação/Volkswagen)

Não faz muitos anos, os carros da Volkswagen – e também da Audi – nem sequer tinham portas USB. Hoje, o Golf tem uma. Já o Polo pode ter até três: uma no suporte de celular (que o Golf também não tem), outra no sistema de som e uma terceira para o banco de trás nas versões com motor 1.0 TSI. Parece uma bobagem, mas converse com um dono de Volks (ou Audi) que não tem USB e você irá entender que isso é um problema.

Expulsão de água dos freios

Todos os Polo com motor 1.0 TSI têm freios a disco nas quatro rodas e controle de estabilidade. Os dois sistemas juntos compõem um sistema autolimpante, que aproxima as pastilhas dos discos de freio dianteiros por frações de segundo e de forma imperceptível para secar os componentes.

Discos de freio dianteiro dos Polo 200 TSI têm sistema de expulsão de água (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Esta função chama-se BSW e funciona acima de 70 km/h, quando o limpador de para-brisa está acionado. E se repete em intervalos de 3 km.

Vetorização do torque XDA+

Outro sistema vinculado ao ESC é o bloqueio eletrônico do diferencial. Sua função é acionar o freio da roda com menor tração, transferindo o torque para a roda com maior aderência. Este é o XDS, que o Golf também tem.

Em curvas, o XDA+ atua para deixar o compacto mais ágil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Polo tem o XDS+. Permite intervenções seletivas nos freios das rodas internas às curvas nos dois eixos para que o carro aponte para dentro da curva, proporcionando mais agilidade e segurança.

Banco do passageiro com encosto rebatível

Banco do passageiro pode rebater para liberar mais espaço na cabine (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Este equipamento era de série no Highline. Agora, para rebater o encosto do banco do passageiro é preciso pagar R$ 300 a mais pelo equipamento. Melhor assim: no Golf, nem como opcional.

Motor 1.0 TSI mais potente e combinado com câmbio automático

Hoje o Golf Comfortline é vendido apenas com o motor 1.0 TSI em versão de 125 cv, mas sempre em conjunto com o câmbio manual de seis marchas.

Com 128 cv, motor 1.0 TSI tem calibração mais potente em relação à utilizada em Golf e Up (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No Polo 200 TSI este mesmo motor rende 128 cv e trabalha em conjunto com câmbio automático de seis marchas. Seria a combinação perfeita para o Golf, um hatch médio que parte dos R$ 77.247. O Polo 1.0 TSI parte dos R$ 65.190.

 

Fonte: Quatro Rodas

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Teste: Suzuki S-Cross, o SUV mais esportivo e menos utilitário

Desempenho do motor 1.4 turbo e suspensão bem calibrada faz do modelo uma opção atraente para quem gosta de dirigir

Design não é a maior virtude do S-Cross; desempenho, sim (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sleeper é uma gíria em inglês atribuída a carros que entregam desempenho aliado a um visual pacato até demais. Esse é o caso do Suzuki S-Cross, importado do Japão com visual repaginado desde o ano passado.

Mas isso não significa que o modelo seja feio – os outros é que são bonitos demais. Felizmente, o SUV traz outras qualidades que premiam quem não deixa se levar apenas pelo design.

Com 146 cv, o motor 1.4 turbo é o mesmo do Vitara (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A principal delas está sob o capô. O motor 1.4 turbo de 146 cv que equipa a versão 4Sport é o mesmo do Vitara – a versão 4Style (R$ 95.990) tem um motor 1.6 16V de 126 cv. O ótimo desempenho faz o motorista esquecer que está guiando um utilitário esportivo.

Prova disso ocorreu em nosso teste, no qual o S-Cross foi de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos, mesma marca obtida pelo Peugeot 208 GT, um hatch de 173 cv (e esportivo por natureza).

Interior é conservador e tem acabamento de qualidade apenas regular (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A estabilidade é elogiável para um veículo alto como um utilitário esportivo, em parte porque a tração integral ajuda a segurar o carro nas curvas.

Rodas de 17 polegadas são calçadas com pneus 215/55 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se mesmo assim faltar emoção, recomendo ativar o modo Sport. Aí o S-Cross se transforma em um divertido esportivo. O carro arranca com bastante disposição, a direção fica sensivelmente mais pesada e a transmissão estica as marchas antes de trocá-las, abrindo um largo sorriso no rosto de quem está ao volante.

Eis o botão da felicidade: modo Sport deixa o S-Cross ainda mais ágil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os principais defeitos do S-Cross estão do lado de dentro. Falta uma variedade de texturas e cores para disfarçar o acabamento simples demais da cabine.

Além do plástico de qualidade apenas regular (um Fiat Argo, que custa a metade, é superior nesse quesito), algumas peças aparentam fragilidade.

Câmbio automático de seis marchas tem trocas suaves (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Senti receio de apertar alguns botões (como o do controle de estabilidade) e de mexer no seletor de regulagem dos espelhos retrovisores. Ambos parecem que vão quebrar se o motorista aplicar mais força.

Também não ajuda o aspecto de simplicidade do painel, que remete a um carro mais barato.

Visual dos controles de ar-condicionado remete aos anos 90 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Outro defeito, típico de japoneses, é a falta do travamento automático das portas em movimento. A central multimídia, em contrapartida, é bastante intuitiva.

Fácil de navegar, a central multimídia fica devendo suporte aos sistemas operacionais de smartphone (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O visual dos menus lembra um telefone celular, facilitando a navegação de quem está habituado aos smartphones. Faltou só o suporte a Android Auto e Apple CarPlay, embora seja possível espelhar seu celular na tela para usar aplicativos como o Waze, sem usar o cabo.

Posição de dirigir não é tão elevada como nos outros SUVs (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O S-Cross vem bem equipado. A lista dos itens de fábrica inclui seis airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, piloto automáticostart-stop, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e partida do motor sem chave.

Espaço traseiro é bom para dois adultos e uma criança (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A versão 4Style Allgrip custa R$ 115.990 (há também uma versão 4×2 por R$ 109.990), pouco mais do que os R$ 114.490 pedidos pelo Jeep Compass Longitude, que é maior e traz motor flex aspirado e mais potente, mas tem menos equipamentos.

Espaçoso, o porta-malas tem capacidade volumétrica de 440 litros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se você faz questão da força do turbo, a única alternativa no segmento é o Chevrolet Tracker (R$ 82.990 na LT e R$ 93.490 na LTZ), mais barato (e menos equipado) que o SUV da Suzuki.

Apenas o logotipo Turbo indica o potencial do S-Cross 4Style (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Veredicto

Acabamento e design não são os pontos fortes do S-Cross, mas o SUV dá o troco no motor 1.4 turbo – um dos mais espertos da categoria.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  8,7 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,1 s/170,8
  • Velocidade máxima: n/d
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 3,9 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,2 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,5 / 27,1 / 63,3 m
  • Consumo urbano: 13,3 km/l
  • Consumo rodoviário: 16,8 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 36,8/72,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 61,3/68,2 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 115.990
  • Motor: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 1.373 cm³, 16V, DOHC, 73 x 82 mm, 11:1, 146 cv a 5.500 rpm, 23,5 mkgf a 1.700 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, 4×4
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica
  • Pneus: 215/55 R17
  • Dimensões: comprimento, 430 cm, largura, 178,5 cm; alt., 160,5 cm; entre-eixos, 260 cm; porta-malas, 431 l; tanque de combustível, 47 l; peso, 1.270 kg; peso/potência, 8,7 kg/cv; peso/torque, 54,04 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano

 

Fonte: Quatro Rodas

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Toyota reforça aposta em híbridos no País

Toyota reforça aposta em híbridos no País

Vendas do Prius quadruplicam, C-HR híbrido pode chegar em 2018

PEDRO KUTNEY, AB

Prius: 2 mil unidades vendidas no Brasil em 10 meses
Parece que está funcionando bem a nova tentativa de emplacar no Brasil a tecnologia de veículos híbridos feita pela Toyota há pouco mais de um ano, quando lançou a quarta geração do Prius no País (leia aqui). Com preço próximo ao de sedãs da mesma categoria (R$ 126,6 mil atualmente), mais propaganda e maior disponibilidade de produto em estoque, as vendas do Prius dispararam este ano, atingiram cerca de 2 mil unidades nos 10 meses entre janeiro e outubro, ou quatro vezes mais que os 485 emplacamentos em todos os 12 meses de 2016. Nas concessionárias da marca japonesa, vendedores revelam que, depois de testar o híbrido e compreender suas vantagens, alguns clientes já estão trocando o Corolla pelo Prius.

Para tornar mais popular a tecnologia híbrida e o seu Prius no Brasil, a Toyota vem elevando gradativamente os investimentos em divulgação e publicidade. Há cerca de um ano começou a veicular propaganda do Prius em TV por assinatura. Esta semana inaugurou no Parque Villa Lobos, em São Paulo, a Hybrid House, um estande onde os visitantes podem conhecer o Prius e seus sistemas. O espaço fica aberto por cerca de uma semana e depois segue para o Rio de Janeiro. Está nos planos realizar a mesma ação em outras cidades.

Esse novo mercado aberto pela Toyota em 2013, quando trouxe o primeiro Prius ao Brasil – principalmente para frotas de táxis devido ao preço muito elevado –, pode ganhar fôlego adicional se for confirmado o plano da marca em colocar em 2018 mais um híbrido à venda no País, o SUV compacto C-HR fabricado na Turquia e no Japão, hoje com mais da metade das vendas concentradas na versão híbrida. O problema até agora é a falta de modelos disponíveis para importar, já que o carro faz sucesso na Europa desde o lançamento em 2016 e toma 100% da produção da fábrica turca.

Por causa dessa dificuldade a Toyota ainda não confirma o lançamento, mas executivos da marca concordam que o C-HR híbrido poderia catapultar as vendas de híbridos no País, pois colocaria a marca na disputa do segmento que mais cresce no País, o de SUVs compactos, com potencial de aumentar bastante o interesse dos brasileiros pela tecnologia que combina no veículo o uso de motores elétrico e a combustão para reduzir emissões e economizar combustível – o Prius tem consumo medido pelo Inmetro de 18,9 km/l com a gasolina brasileira misturada com 27% de etanol.

VANTAGEM TRIBUTÁRIA

A vantagem de trazer só a versão híbrida é o imposto de importação bem menor, de 4%, contra 35% para os importados só com motor a combustão. Foi justamente essa diferenciação de tributação, adotada pelo governo brasileiro desde 2014, que permitiu à Toyota praticar preços mais competitivos para o seu híbrido. Além disso, o Estado do Rio de Janeiro e algumas cidades paulistas, como Indaiatuba, Sorocaba e São Paulo, isentam os híbridos do pagamento de IPVA.

“Está melhor do que era antes [com imposto de 35%]. O preço do Prius já foi 30% maior que o do Corolla, hoje é em torno de 10%. Mas a tributação de IPI sobre os híbridos ainda é maior em comparação com modelos a combustão. Existe espaço para corrigir isso no Rota 2030 [o programa de desenvolvimento do setor automotivo que está em discussão entre governo e representantes da indústria]”, avalia Ricardo Bastos, diretor de relações públicas e governamentais da Toyota do Brasil. “Sabemos que atualmente é difícil discutir qualquer tipo de isenção fiscal, mas o que propomos é uma tributação mais justa para um produto que traz indiscutíveis benefícios ambientais”, acrescenta.

O aumento das vendas do Prius também ajudou a Toyota a cumprir as metas de eficiência energética do Inovar-Auto, cuja média a ser atingida por fabricante é calculada com base no consumo e no volume de vendas de cada carro – ou seja, não basta ter um veículo muito econômico na lista de produtos à venda, mas também é necessário que ele seja bem vendido para influenciar positivamente na média de consumo. No caso de híbridos, pelas regras do Inovar-Auto, cada modelo comercializado é multiplicado por 1,85, para assim aumentar sua influência sobre o total de vendas.

“Atingimos as metas”, informa Bastos, sem confirmar se a Toyota conseguiu ou não superar os objetivos para ganhar bonificação de um ou dois pontos porcentuais no IPI de seus carros. “Só vamos divulgar isso depois que o governo publicar nossos números”, diz. Mas ele lembra que a empresa investiu fortemente para perseguir redução de consumo e emissões, como a introdução dos novos motores 1.3 e 1.5 fabricados em Porto Feliz e usados pela família Etios, além da recalibração dos motores 1.8 e 2.0 do Corolla, que também passou a usar câmbio automático CVT. “É parte integrante de nossos objetivos estratégicos mundiais produzir carros com emissões de carbono cada vez menores”, diz.

Bastos avalia que o incentivo à eficiência energética deverá ser mantido nas novas metas que deverão ser impostas no Rota 2030. “É preciso lembrar também que a tecnologia híbrida pode conversar muito bem com a matriz energética brasileira, com o desenvolvimento de motores flex para híbridos, ou mesmo para modelos elétricos alimentados por células de hidrogênio [que pode ser extraído do etanol]”, pondera o executivo. Essa seria, segundo ele, mais uma razão para continuar apostando no crescimento dos híbridos no Brasil. “Nesse sentido, estamos buscando parcerias de desenvolvimento com universidades”, revela. Um Prius já foi cedido para estudos para a USP e outro deverá ser para a UNB.

RÁPIDO NO MUNDO, LENTO NO BRASIL

Por falta de maiores incentivos, as poucas opções de propulsão eletrificada no País avançaram muito lentamente desde 2011, quando chegaram os primeiros Ford Fusion Hybrid. A frota de elétricos e híbridos vendidos soma cerca de 6 mil unidades, mais da metade (3.269) são Toyota Prius e alguns poucos Lexus CT 200 (marca de luxo da Toyota). É quase nada quando se compara com os 11 milhões de carros híbridos já vendidos pela Toyota no mundo todo entre 1997, quando lançou o Prius, e 2016.

A escalada na venda de híbridos (e mais tarde dos elétricos com célula de hidrogênio) é parte fundamental da estratégia corporativa global adotada pela Toyota desde 2015. Mês passado no Salão de Tóquio a montadora anunciou que até 2040 irá vender somente veículos híbridos ou elétricos, eliminando completamente de seu portfólio carros movidos unicamente por motores a combustão. “Claro que o Brasil terá de acompanhar essa tendência”, resume Bastos.

Fonte: AB