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Volkswagen mostra mais do T-Cross na Alemanha

SUV será produzido no Paraná no fim do segundo semestre com motores turbo 1.0 e 1.4; entre-eixo será maior que o alemão

Volkswagen revelou mais do T-Cross esta semana na Alemanha, onde o novo SUV compacto foi projetado e está quase pronto para entrar em produção comercial. Em comunicado, a fabricante informa apenas que “a apresentação mundial será no segundo semestre”. Antes do fim deste ano, o T-Cross chega à linha de montagem de São José dos Pinhais (PR), fábrica que recebe investimentos de R$ 2 bilhões para produzir o carro sobre a plataforma MQB-A (leia aqui). O lançamento nacional está programado para janeiro de 2019, mas a VW antecipou agora algumas das especificações do modelo brasileiro, que tem diferenças em relação ao alemão, inclusive nas dimensões.

De acordo com as primeiras informações divulgadas, no mercado brasileiro o T-Cross será oferecido unicamente com transmissão automática de seis velocidades e dois motores TSI flex, turbinados e com injeção direta de gasolina/etanol, 1.0 três-cilindros de 128 cavalos e 1.4 quatro-cilindros de 150 cv – ambos são fabricados pela VW em São Carlos (SP) e já equipam bom número de carros da marca no Brasil, como Polo, Virtus e Golf. Uma versão com câmbio manual e motor 1.6 MSI, aspirado, será produzida para exportação a países sul-americanos.

Segundo a Volkswagen, o T-Cross brasileiro repete a generosa distância entre eixos de 2,65 metros do sedã Virtus (montado sobre a mesma plataforma), 8,6 centímetros mais longa que o do modelo europeu, que lá repete o hatch Polo para não concorrer com o T-Roc, derivado do Golf. Assim o T-Cross garante o maior entre-eixo do segmento de SUVs compactos no Brasil. Com isso, oferece conforto na cabine para compensar o menor comprimento (4,19 m) e altura (1,57 m) na comparação com os principais concorrentes, como Honda HR-V, Hyundai Creta, Nissan Kicks e Ford EcoSport, todos levemente mais compridos e altos.

A configuração de maior entre-eixo e menor comprimento prejudica o espaço do porta-malas do T-Cross, que ficou com 390 litros, acima dos criticados 356 litros do Ford EcoSport, o menor da categoria, mas abaixo dos 400 litros do HR-V e Kicks.

Assim como seus “irmãos” de plataforma MQB-A, Polo e Virtus, o T-Cross tem a mesma arquitetura eletroeletrônica. Assim terá também disponível como opcionais os faróis de LED, quadro de instrumentos 100% digital e configurável, sistema multimídia com tela de oito polegadas sensível ao toque, além de partida do motor e destravamento de portas sem chave.

Também tem configurações parecidas de segurança ativa e passiva, com uso de aços de alta resistência na construção da carroceria e equipamentos como seis airbags, controle eletrônico de estabilidade e tração, estacionamento autônomo (Park Assist) em vagas paralelas e transversais, detector de fadiga do motorista.

O T-Cross fará a Volkswagen finalmente embarcar no segmento que mais cresce no mercado brasileiro, o de SUVs compactos. O modelo faz parte da ofensiva de 20 lançamentos no Brasil até 2020, cinco deles utilitários esportivos, que começou em abril passado com o importado Tiguan Allspace. Também está nos planos de fabricação nacional algo do tipo mini-SUV e o médio-compacto Tarek, a ser produzido na Argentina. Dos Estados Unidos deverá vir o SUV de grande porte Atlas.

 

Fonte: AB